Ex-diretor do TJPE na lista do trabalho escravo
Nomes de pessoas e empresas que teriam sido flagradas com trabalhadores em condições análogas à escravidão foram divulgados pelo governo federal
JORGE COSME
Publicação: 10/04/2025 03:00
O ex-diretor financeiro do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Clisthenes José Pereira de Andrade Lima foi incluído na lista suja do trabalho escravo, atualizada pelo governo federal ontem. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, um trabalhador que estaria em condições análogas à escravidão foi resgatado na Fazenda Guabiraba, na zona rural de Limoeiro, Agreste de Pernambuco, que é propriedade do ex-diretor do Tribunal. A fiscalização ocorreu em 2024.
Ao Diario de Pernambuco, uma pessoa próxima a Clisthenes alegou que ele estaria sendo alvo de uma “injustiça” e que o ex-servidor teria tentado ajudar um homem que “pediu uma casa para morar de graça e armou uma armadilha”. Ela também relata que o homem resgatado estaria apenas “morando de favor” e não trabalhava para Clisthenes. “A fiscalização disse que a casa em que ele morava não tinha condição de dignidade da pessoa humana”, afirma. “Começaram a imputar essas coisas a ele [Clisthenes] e o trabalhador foi se beneficiar”.
A reportagem não conseguiu contato com o ex-diretor do TJPE. O Tribunal também foi procurado e não respondeu. Clisthenes assumiu a função de diretor financeiro do TJPE em 4 de fevereiro de 2020, segundo a relação do órgão. Ele foi exonerado em 2 de fevereiro de 2022. Bancário aposentado, o ex-servidor também já ocupou a função de gerente-geral da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).
CASOS
A nova lista do Ministério reúne 745 nomes de empregadores (pessoas físicas e jurídicas) que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão no Brasil. Em Pernambuco, são 19 casos. Depois que o empregador aparece no cadastro, ele permanece publicado por dois anos.
Entre os empregadores incluídos estão: Evambivaldo Ferreira Gonçalves, em Ipojuca, com três trabalhadores envolvidos; Agroflorestal Serra das Abelhas, em Exu, com oito trabalhadores; Cícero Antonio Lobo Cruz, com um trabalhador envolvido; Eduardo Natanael de Jesus, em Frei Miguelinho, com dois; FRF Construções, em Ipojuca, com 24 trabalhadores; M.J. dos Santos Cunha Calcario, em Santa Maria do Cambucá, com cinco trabalhadores; Pauliran de Almeida Montalvao, em Petrolina, com três; e Rubem Gomes Soares, em Santa Maria do Cambucá, com sete trabalhadores envolvidos.
Ao Diario de Pernambuco, uma pessoa próxima a Clisthenes alegou que ele estaria sendo alvo de uma “injustiça” e que o ex-servidor teria tentado ajudar um homem que “pediu uma casa para morar de graça e armou uma armadilha”. Ela também relata que o homem resgatado estaria apenas “morando de favor” e não trabalhava para Clisthenes. “A fiscalização disse que a casa em que ele morava não tinha condição de dignidade da pessoa humana”, afirma. “Começaram a imputar essas coisas a ele [Clisthenes] e o trabalhador foi se beneficiar”.
A reportagem não conseguiu contato com o ex-diretor do TJPE. O Tribunal também foi procurado e não respondeu. Clisthenes assumiu a função de diretor financeiro do TJPE em 4 de fevereiro de 2020, segundo a relação do órgão. Ele foi exonerado em 2 de fevereiro de 2022. Bancário aposentado, o ex-servidor também já ocupou a função de gerente-geral da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).
CASOS
A nova lista do Ministério reúne 745 nomes de empregadores (pessoas físicas e jurídicas) que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão no Brasil. Em Pernambuco, são 19 casos. Depois que o empregador aparece no cadastro, ele permanece publicado por dois anos.
Entre os empregadores incluídos estão: Evambivaldo Ferreira Gonçalves, em Ipojuca, com três trabalhadores envolvidos; Agroflorestal Serra das Abelhas, em Exu, com oito trabalhadores; Cícero Antonio Lobo Cruz, com um trabalhador envolvido; Eduardo Natanael de Jesus, em Frei Miguelinho, com dois; FRF Construções, em Ipojuca, com 24 trabalhadores; M.J. dos Santos Cunha Calcario, em Santa Maria do Cambucá, com cinco trabalhadores; Pauliran de Almeida Montalvao, em Petrolina, com três; e Rubem Gomes Soares, em Santa Maria do Cambucá, com sete trabalhadores envolvidos.