Resistência da imprensa e do jornalismo
Com a importância de sua marca e de seu legado de dois séculos, o Diario segue com o compromisso de escrever a história e a identidade de Pernambuco
Publicação: 22/04/2025 03:00
![]() | |
1) Fundador e primeiro proprietário do Diario, Antonino José de Miranda Falcão 2) Atual dono, o advogado Carlos Frederico Vital 3) Paula Losada, diretora de Jornalismo e colunista social do jornal 4) Ricardo Novelino, diretor à frente da Redação do DP |
“Não poderíamos deixar esta história ser interrompida”, adiantou o presidente do Diario de Pernambuco, Carlos Frederico de Albuquerque Vital, sobre o momento em que decidiu comprar o jornal, há quase seis anos, no auge de um período de muita instabilidade, quando vozes pessimistas do mercado alardeavam que o fim do Diario estaria próximo.
Havia propósito e compromisso na decisão deste experiente advogado da área civil ao se tornar empresário da comunicação pernambucana com o desafio de reestruturar o DP, colocando-o de volta aos trilhos.
“O Diario de Pernambuco merece o respeito, é o maior e mais antigo da América Latina”.
A 200 dias para o bicentenário do jornal, Carlos Vital comemora os avanços obtidos na sua gestão, consciente de que o Diario, que partiu no século 19, atravessou o século 20, mantém-se firme para seguir em frente, sempre. “É uma enorme satisfação viver este momento. São poucas instituições que chegam a 200 anos com o peso de uma marca como a que o Diario de Pernambuco tem”.
DA REDAÇÃO
Para a diretora de Jornalismo, Paula Losada, celebrar os 200 anos do Diario de Pernambuco é reconhecer um marco fundamental na história da imprensa brasileira e na trajetória de Pernambuco. “Sua resistência ao longo dos anos reflete a força da comunicação e do jornalismo na construção da identidade regional”, reforça.
Já o diretor de redação, Ricardo Novelino, traça paralelos sobre a importância do Diario de Pernambuco com ensinamentos da antiguidade. “Tem um dramaturgo da Grécia antiga, Sófocles, que disse mais ou menos assim: ‘Não tente esconder nada. O tempo escuta, vê e revela tudo’. Imagine em 200 anos de jornal! O Diario viu, revelou e escutou tudo e levou para o leitor sempre. E isso não tem preço. É a história quem diz”.