Luiz Alberto foi acusado de agressão a um advogado

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, determinou na última terça-feira (6), o afastamento do delegado Luiz Alberto Braga de Queiroz, pelo prazo de 120 dias. No último domingo (4) à noite, o delegado deu um tiro contra Emmanuel Apory, após uma discussão em uma festa no Forte dos Remédios em Fernando de Noronha. Luiz Alberto responderá a um processo administrativo disciplinar devido a “indícios de práticas de atos incompatíveis com as funções públicas”, como explica o boletim da SDS.

O prazo de 120 dias pode ser prorrogado, por igual período, “caso não haja a conclusão do já citado processo administrativo disciplinar”. Ainda foi determinado um prazo de de 24 horas para que Luiz Alberto recolha a sua identidade funcional, além de armas e utensílios funcionais que porventura se encontrem à sua disposição”.

MEDIDAS
Conforme apuração do Diario de Pernambuco, o delegado já teve uma medida protetiva de urgência expedida contra ele por outro caso. Procurada, a defesa do policial afirmou que não iria se manifestar.A medida, que foi requerida em 2024, é referente a um caso de foro particular do delegado e foi deferida pela 1ª Vara de Medidas Protetivas de Urgência no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Segundo o representante da vítima, o caso tramita sob segredo de Justiça, o que impediria a divulgação de detalhes ou exposição das partes envolvidas. “O que posso afirmar é que o Poder Judiciário foi devidamente acionado, e, após a análise dos elementos apresentados, deferiu as medidas protetivas requeridas. Desde então, não houve qualquer novo episódio que comprometesse a segurança da parte que represento”, disse o advogado.

Também no ano passado, o advogado Diego Ugiette denunciou ter sido agredido por Luiz Alberto, na Delegacia de Roubos e Furtos de Carga. O caso também teria ensejado o pedido da medida protetiva. O caso ocorreu no dia 8 de maio. “Ele praticou agressões físicas contra mim, me empurrando, me expulsando da sala, me batendo, na frente da minha cliente”, declarou o advogado à época. A vítima prestou queixa e o denunciou à Corregedoria da Polícia Civil.