Publicação: 14/05/2025 03:00
![]() | |
O mergulho da equipe do ICMBio ocorreu no domingo |
“Considerando nossos interesses para conservação, autorizamos a atividade não comercial”, explicou Lilian Hangae, chefe do ICMBio de Fernando de Noronha e uma das ocupantes do submersível. “Na experiência pudemos comprovar que a atividade tem baixo impacto, uma vez que a energia é elétrica com pouco ruído, o que não atrapalhou a dinâmica dos animais”.
O objetivo da operação foi observar as interações do equipamento com a biodiversidade marinha local e investigar a presença do Peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora de grande preocupação ambiental. Para o coordenador da Área Temática de Ordenamento Territorial, Mário Douglas Fortini, a experiência foi válida para entender como o equipamento funciona e de forma ele pode ser útil para o trabalho do ICMBio em outras oportunidades.
REGISTROS
“Por falta de condições de mar adequadas, os mergulhos ocorreram em menor profundidade. Fomos até próximo dos 30 metros. Ainda assim pudemos observar e registrar diversos peixes-leão”, concluiu. O submersível C-Researcher, que pode imergir a 300 metros, faz parte do superiate privado Shinkai, com 55 metros de comprimento e de bandeira das Ilhas Marshall. O nome japonês “Shinkai”, que significa “oceano profundo”, reflete seu objetivo de visitar regiões remotas dos oceanos.
A embarcação, que conta com guindaste, hangar para submarino e equipamentos de mergulho, além de alta autonomia de navegação, é avaliado em R$ 47 milhões. A primeira escala do Shinkai no Brasil foi em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. No último dia 7, parou no Recife para reabastecimento e seguiu rumo a Fernando de Noronha, onde realizou o mergulho com o ICMBio.