diretor de Bingo, o Rei das Manhãs
Publicação: 10/12/2016 03:00
“Ele era famoso, mas anônimo”
De onde surgiu a ideia do filme?
Antes de tudo, fui uma criança nos anos 1980. Certo dia, um dos produtores do longa me procurou, disse que leu uma matéria e que a gente deveria fazer um filme sobre a vida do Arlindo Barreto. Ele me mandou o texto, eu li e telefonei dizendo para a gente fazer o filme. Tem muito a ver com o país, com os bastidores da TV nos anos 1980, com a megalomania, a cultura pop. É uma história surreal, incrível. Com Bingo, o desafio é tentar fazer com que as pessoas acreditem naquela magia, naquele personagem.
Como a história é contada?
Trazemos para as telas os bastidores da TV dos anos 1980, uma época de excessos, bem kitsch. O filme é sobre um artista que quer encontrar seu lugar sob o holofote. A gente passa pelo universo da pornochanchada, das novelas, até chegar à programação infantil. Em busca do reconhecimento, ele acaba encontrando esse palhaço. E, por uma cláusula de contrato, ele não pode revelar a identidade por trás daquela máscara. Então se torna alguém muito famoso, mas anônimo. Isso tem grande efeito na sua vida.
Como a fama o prejudicou?
O Arlindo tinha um filho pequeno, na época. Quando ele vira esse palhaço famoso, começa a se distanciar do filho. Tem uma frase na entrevista que li quando resolvi fazer o longa... O Arlindo chega em casa e vai dar ao filho um carrinho de controle remoto de presente. O filho fala: ‘Você é o único pai que brinca com todas as crianças, menos comigo’. Isso me pegou. Eu era uma das crianças que assistia. E também sou pai. Há uma questão muito humana nisso tudo.
Como chegou no Vladimir Brichta para o papel principal?
Quando o filme começou, lá trás, ia ser feito pelo Wagner Moura. Com o tempo, ele não pôde fazer, pois estava falando espanhol, matando uma galera, produzindo conteúdo para o Bingo usar (ele ri com a referência à série Narcos, sobre Pablo Escobar). Quando as agendas não bateram, o Wagner me disse que só uma pessoa poderia fazer esse filme, o Vladimir. A gente não se conhecia, se encontrou e foi demais. Ele arrebenta.
Colaboração do repórter Breno Pessoa, que viajou a São Paulo a convite da organização da CCXP.
De onde surgiu a ideia do filme?
Antes de tudo, fui uma criança nos anos 1980. Certo dia, um dos produtores do longa me procurou, disse que leu uma matéria e que a gente deveria fazer um filme sobre a vida do Arlindo Barreto. Ele me mandou o texto, eu li e telefonei dizendo para a gente fazer o filme. Tem muito a ver com o país, com os bastidores da TV nos anos 1980, com a megalomania, a cultura pop. É uma história surreal, incrível. Com Bingo, o desafio é tentar fazer com que as pessoas acreditem naquela magia, naquele personagem.
Como a história é contada?
Trazemos para as telas os bastidores da TV dos anos 1980, uma época de excessos, bem kitsch. O filme é sobre um artista que quer encontrar seu lugar sob o holofote. A gente passa pelo universo da pornochanchada, das novelas, até chegar à programação infantil. Em busca do reconhecimento, ele acaba encontrando esse palhaço. E, por uma cláusula de contrato, ele não pode revelar a identidade por trás daquela máscara. Então se torna alguém muito famoso, mas anônimo. Isso tem grande efeito na sua vida.
Como a fama o prejudicou?
O Arlindo tinha um filho pequeno, na época. Quando ele vira esse palhaço famoso, começa a se distanciar do filho. Tem uma frase na entrevista que li quando resolvi fazer o longa... O Arlindo chega em casa e vai dar ao filho um carrinho de controle remoto de presente. O filho fala: ‘Você é o único pai que brinca com todas as crianças, menos comigo’. Isso me pegou. Eu era uma das crianças que assistia. E também sou pai. Há uma questão muito humana nisso tudo.
Como chegou no Vladimir Brichta para o papel principal?
Quando o filme começou, lá trás, ia ser feito pelo Wagner Moura. Com o tempo, ele não pôde fazer, pois estava falando espanhol, matando uma galera, produzindo conteúdo para o Bingo usar (ele ri com a referência à série Narcos, sobre Pablo Escobar). Quando as agendas não bateram, o Wagner me disse que só uma pessoa poderia fazer esse filme, o Vladimir. A gente não se conhecia, se encontrou e foi demais. Ele arrebenta.
Colaboração do repórter Breno Pessoa, que viajou a São Paulo a convite da organização da CCXP.