Não adianta rezar Gravado na Transilvânia, com padre exorcista, mortes e mistério, A freira estreia nos cinemas nesta quarta, com garantia de horror e sustos

BRENO PESSOA
breno.pessoa@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 03/09/2018 03:00

Cidade do México - O local escolhido para a primeira exibição mundial para a imprensa de A freira, novo capítulo da franquia Invocação do mal, combinou perfeitamente com a atmosfera da produção. Em um convento desativado, construído no século 17, na capital do México, jornalistas de vários países puderam conferir o mais recente filme da série cinematográfica, em exibição a partir desta quarta-feira, em sessões de pré-estreia.

Hoje funcionando como museu em uma reserva natural, o Convento Desierto de los Leones, distante 15 km do centro da Cidade do México, guarda semelhanças com as locações históricas na região da Transilvânia, na Romênia, onde o filme foi gravado. Instalado em uma área de 1,5 hectares, o mosteiro mexicano, embora bem conservado e cercado por bosques, tem no aspecto algo lúgubre, principalmente nos longos corredores que conduzem às antigas celas.

Realizada em uma noite chuvosa, com o termômetro marcando por volta dos 5ºC, a sessão para a imprensa foi realizada em uma grande dependência do claustro, especialmente equipada para abrigar a projeção. Uma freira de verdade, inclusive, acompanhou a primeira sessão e espalhou água benta pelo local, antes do longa ser exibido. Inevitavelmente, a ambientação contribui bastante para a imersão no filme, mas A freira tem potencial, mesmo em uma confortável sala de cinema multiplex, para causar impacto nos espectadores.

Assim como a macabra boneca Annabelle teve seus próprios filmes (2014 e 2017), a demoníaca freira Valak (Bonnie Aarons), vista em Invocação do mal 2 (2016), ganhou um título solo. Dirigido por Corin Hardy, que tem na bagagem apenas um longa-metragem, o competente A maldição da floresta (2015), A freira tem roteiro de Gary Dauberman e argumento de James Wan, este último o idealizador da franquia.

A história se passa nos anos 1950 e tem como ponto de partida o suicídio, aparentemente sem explicação, de uma freira, em um convento remoto na Transilvânia. O incidente chama a atenção do Vaticano, que envia o padre Burke (Demian Bichir) e a noviça Irene (Taissa Farmiga) para investigar o caso. Ao chegar, a dupla se depara com uma série de acontecimentos estranhos e uma aura de mistério em torno das religiosas da ordem.

Como alardeado pelo material publicitário, A freira é, realmente, o capítulo mais assustador da série Invocação do mal. Ao mesmo tempo em que guarda algo do terror de filmes clássicos como O exorcista (1973), sensação reforçada também pela presença do padre exorcista vivido por Demian Bichir, a produção entrega também uma boa dose de cenas de ação que o aproximam, um pouco, de títulos como Van Helsing (2004).

Com fotografia elegante, ótimos cenários e bom ritmo, além de um bem utilizado senso de humor, A freira parece se encaixar muito bem no universo de Invocação do mal, ao mesmo tempo em que mantém a assinatura do diretor Corin Hardy. É um eficiente filme de gênero, bem atuado, e que entrega exatamente aquilo que promete exatamente aquilo que promete: horror e sustos.

O repórter viajou a convite da Warner Bros.

Franquia

Cronologia do universo de Invocação do Mal

1952
A freira

1955
Annabelle 2: A Criação do Mal

1970
Annabelle

1971
Invocação do Mal

1977
Invocação do Mal 2