O risco como companheiro nas estradas

Publicação: 22/04/2017 03:00


Encarar as rodovias do país sempre apresenta seus perigos e desafios. Um dos episódios mais traumáticos envolvendo motoclubes pernambucanos ocorreu em 16 de outubro de 2013. Um comboio de 30 motociclistas do Brasil Caveira voltava do município de São José da Coroa Grande quando foi surpreendido por uma caminhonete em alta velocidade. Um dos motociclistas foi atingido e faleceu. Além dele, mais dois integrantes ficaram feridos.

A imprudência dos motoristas aliada à precariedade das estradas nacionais e estaduais exigem que os motociclistas estejam sempre atentos à segurança. A desatenção sobre duas rodas pode ser fatal. Além da atenção redobrada, outro aliado é a rede nacional de motoclubes, sempre disposta a apoiar.

“Motociclistas do movimento nunca estão sozinhos por todo o Brasil. Nós possuímos tentáculos espalhados por todos os cantos do país”, afirma Sid Alencar, diretor de comunicação da Associação de Motociclistas e Triciclistas de Pernambuco (AMT-PE).

Gastos com hospedagens, por exemplo, podem ser eliminados utilizando contatos com organizações parceiras de outros estados.  Somente o Coyotys MC Brasil, por exemplo, conta com cerca de 80 subsedes espalhadas pelo país, que apoiam as viagens mais longas e auxiliam outros membros.

Mesmo assim, o experiente Brasil Caveira relata que é preciso um planejamento logístico e financeiro antes de realizar viagens mais longas. Há viagens em diversos custos, variando de acordo com a distância a ser percorrida. Os tradicionais bate e volta, feitos geralmente em um dia, não demandam um esforço financeiro árduo. Já as jornadas mais longas, como as que cruzam os estados e chegam a percorrer milhares de quilômetros, devem ser bem planejadas para evitar incidentes. Para os trajetos mais complexos, o ideal é organizar a viagem com um ano de antecedência.

Quando a situação foge do controle e o acidente é inevitável, alguns artifícios podem ser usados para minimizar os danos físicos. Equipamentos de segurança são essenciais para prevenir acidentes mais graves: calça com proteção interna, luvas, botas, colete e capacete são indicados. Andar em grupos também é uma maneira de maximizar a segurança em relação a assaltos, principalmente pela noite.  Além disso, são aconselhadas paradas a cada 150 km de pista, para descanso, alimentação e checagem das motocicletas.

“Nós prezamos pela construção de um ambiente voltado para a família. Evitamos qualquer associação com
a violência”

Sérgio Coyoty, fundador do Coyotys MC Brasil, motoclube sediado em Olinda