Born to be wild? Motoclubes fogem do imaginário popular e seguem estrada guiados pelo respeito e pela filantropia

Publicação: 22/04/2017 03:00

Não deixe que a aparência lhe conduza a conclusões precipitadas. Ela não é o que afasta Brasil Caveira do que nos habituamos a associar aos membros de motoclubes. O semblante fechado garante a “cara de mal” que persiste, mesmo com um sorriso. Ainda mais quando ganha a companhia dos ornamentos que enfeitam o seu triciclo, dando força aos preconceitos e ao receio antes do primeiro contato. Essa visão, porém, vai por água abaixo. As suas rodas são levadas ao asfalto baseadas no tripé “respeito, irmandade e liberdade”. Apesar do nome tenebroso da sede do motoclube que leva o seu codinome - Cemitério dos Caveiras - lá o que não falta é vida. Não é rara a presença de familiares, inclusive filhos, dos membros em meio às reuniões. A chegada de novatos não conta com nenhum tipo bizarro de iniciação, pelo contrário, é tratada com respeito e incentivo. Junto a outros motoclubes espalhados por Pernambuco, o Brasil Caveira ajuda a desmistificar uma primeira impressão equivocada. Ajudam a tirar  do “senso comum” grupos de motociclistas ligados às atividades criminosas,  deixando entrar os que se destacam por ações sociais. Doação de sangue, distribuição de brinquedos para crianças carentes e arrecadação de alimentos para entidades  filantrópicas são citadas com orgulho. São provas vivas de que aparências enganam.