Saídas para o vácuo entre dois empregos
Capacitações, projetos temporários e treinamento com coach para descobrir novos caminhos são algumas das alternativas
GABRIELA ARAÚJO
especial para o Diario
gabriela.araujo@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 25/03/2017 03:00
Quem perdeu o emprego sabe que conseguir outra vaga no mercado de trabalho não é fácil. Especialmente em momento de crise econômica nacional. De acordo com estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com dados do IBGE, um brasileiro que perde o emprego leva cerca de oito meses para se recolocar profissionalmente. No final de 2014, a média era de 6,8 meses. Os números assustam. Mas, ao invés de deixar o tempo passar, dá para aproveitar os momentos fora do ambiente corporativo para investir em capacitações ou projetos temporários.
A administradora Patrícia Marinho, 42, sempre preferiu trabalhar em iniciativa privada. Mas, em 2004, foi convidada a participar de um projeto na gestão pública. Em fevereiro do ano passado, foi surpreendida. Com a desaceleração da economia, o município em que trabalhava fez um corte geral. Ela acabou sendo desligada. “Foi um susto. Por onde recomeçar?”, questionou-se. Junto com uma amiga, desenvolveu um projeto no Marco Pernambucano da Moda. Resolveu se capacitar. Participou do curso online “Recolocação profissional 2.0” com a coach paulista Janaína Lima. “A gente assistia aulas e em todas as terças-feiras o grupo se reunia virtualmente para trocar experiências”. Ela diz que valeu muito a pena, mas sentiu a necessidade de um processo mais individualizado.
Procurou um coaching de vida e carreira no Portela e Cavalcanti Gestão Comportamental de Pessoas, que fica no bairro do Pina, e está participando de alguns processos seletivos. “Aprendi a não colocar meus ovos numa cesta só. Estou procurando um emprego corporativo, mas já estou em parcerias de trabalho com o escritório”. Atualmente, ela está trabalhando com a Portela, realizando consultoria interna de recursos humanos para empresas. Em paralelo, pretende investir no trabalho de coach de carreiras para jovens.
Adriana Cavalcanti, sócia-diretora do Portela e Cavalcanti Gestão Comportamental de Pessoas, é coach de carreiras. Dentre as áreas em que orienta, está o coach de recolocação profissional, pelo qual Patrícia passou. O trabalho dela é sustentado pela metodologia Disc, que desenvolve o perfil da pessoa. Depois de delineado o perfil, vem a fase do autoconhecimento. “Aí a pessoa vai entender qual é o seu talento”. O terceiro passo tem como foco a análise e desenvolvimento de um currículo adequado. No fim, Adriana trabalha a motivação dos candidatos. “No meio do processo, a pessoa já tem outro astral, pois sabe de suas capacidades”.
CUIDADOS
É preciso que quem perdeu a vaga tenha cautela ao procurar outra, já que emprego rápido não significa emprego bom, segundo o consultor empresarial Gilson Feitosa. “A ideia é que a pessoa tenha um plano de carreira e uma reserva financeira para o caso de desemprego. Quando não há, é preciso se organizar”. Primeiro, deve-se definir qual a área de atuação do profissional, para não perder o foco. Depois, ficar de olho nas empresas que têm vagas e se adequam ao seu perfil e filosofia de vida.
No caso de a pessoa ter a reserva financeira, o ideal é investir em capacitações. Além do coaching, dá para pensar em fazer uma especialização, um curso técnico ou desenvolver novas habilidades que o mercado esteja valorizando. Caso contrário, o ideal é pensar em algum projeto, emprego temporário ou até empreender. Sempre com planejamento.
A administradora Patrícia Marinho, 42, sempre preferiu trabalhar em iniciativa privada. Mas, em 2004, foi convidada a participar de um projeto na gestão pública. Em fevereiro do ano passado, foi surpreendida. Com a desaceleração da economia, o município em que trabalhava fez um corte geral. Ela acabou sendo desligada. “Foi um susto. Por onde recomeçar?”, questionou-se. Junto com uma amiga, desenvolveu um projeto no Marco Pernambucano da Moda. Resolveu se capacitar. Participou do curso online “Recolocação profissional 2.0” com a coach paulista Janaína Lima. “A gente assistia aulas e em todas as terças-feiras o grupo se reunia virtualmente para trocar experiências”. Ela diz que valeu muito a pena, mas sentiu a necessidade de um processo mais individualizado.
Procurou um coaching de vida e carreira no Portela e Cavalcanti Gestão Comportamental de Pessoas, que fica no bairro do Pina, e está participando de alguns processos seletivos. “Aprendi a não colocar meus ovos numa cesta só. Estou procurando um emprego corporativo, mas já estou em parcerias de trabalho com o escritório”. Atualmente, ela está trabalhando com a Portela, realizando consultoria interna de recursos humanos para empresas. Em paralelo, pretende investir no trabalho de coach de carreiras para jovens.
Adriana Cavalcanti, sócia-diretora do Portela e Cavalcanti Gestão Comportamental de Pessoas, é coach de carreiras. Dentre as áreas em que orienta, está o coach de recolocação profissional, pelo qual Patrícia passou. O trabalho dela é sustentado pela metodologia Disc, que desenvolve o perfil da pessoa. Depois de delineado o perfil, vem a fase do autoconhecimento. “Aí a pessoa vai entender qual é o seu talento”. O terceiro passo tem como foco a análise e desenvolvimento de um currículo adequado. No fim, Adriana trabalha a motivação dos candidatos. “No meio do processo, a pessoa já tem outro astral, pois sabe de suas capacidades”.
CUIDADOS
É preciso que quem perdeu a vaga tenha cautela ao procurar outra, já que emprego rápido não significa emprego bom, segundo o consultor empresarial Gilson Feitosa. “A ideia é que a pessoa tenha um plano de carreira e uma reserva financeira para o caso de desemprego. Quando não há, é preciso se organizar”. Primeiro, deve-se definir qual a área de atuação do profissional, para não perder o foco. Depois, ficar de olho nas empresas que têm vagas e se adequam ao seu perfil e filosofia de vida.
No caso de a pessoa ter a reserva financeira, o ideal é investir em capacitações. Além do coaching, dá para pensar em fazer uma especialização, um curso técnico ou desenvolver novas habilidades que o mercado esteja valorizando. Caso contrário, o ideal é pensar em algum projeto, emprego temporário ou até empreender. Sempre com planejamento.