Publicação: 01/09/2016 03:00
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Lamachia: impeachment não resolve os problemas |
Em carta ao país, a Ordem diz que “a condenação de Dilma Rousseff no julgamento realizado no Senado Federal, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal, inaugura um novo momento na política nacional”.
O impeachment, segundo a instituição, “encerra mais um capítulo doloroso da história política brasileira”. Lamachia diz ainda na carta que, do impedimento, “é preciso extrair lições para o futuro, para que o país não reincida nos mesmos descaminhos que levaram ao descrédito grande parte da classe política.”
A OAB lamentou que a presidente eleita não possa terminar seu mandato. Mas diz que “a Constituição é clara ao estabelecer que o impeachment é a punição correta para o chefe de Estado que comete crimes de responsabilidade. É preciso respeitar e aplicar a lei.” A OAB faz uma espécie de crítica à postura dos que apenas criticam. “A sociedade precisa contribuir para que o Brasil supere a crise ética. Não se pode reclamar das falhas dos políticos e dos poderosos sem adotar, no cotidiano, atitudes concretas para tornar o país melhor”, diz o documento. “A população não pode se mobilizar só quando as crises chegam a níveis insustentáveis”, completou.
Em um ano eleitoral, a instituição também aproveitou para fazer um alerta sobre a importância do voto consciente. “Cidadãs e cidadãos devem participar da vida pública, tomar consciência que o voto tem consequências. É preciso conhecer muito bem o histórico dos que se propõem a assumir cargos eletivos antes de votar. A eleição para prefeitos e vereadores deste ano é mais uma oportunidade para retirar das prefeituras e das câmaras municipais os políticos que não honram o voto recebido.”
A OAB enfatizou no texto que o novo governo chegou ao poder pela via constitucional e não por ter vencido uma eleição. E disse que, por isso, “precisa conquistar a confiança da população e se pautar por valores distantes daqueles que fizeram o governo anterior perder o apoio da sociedade, chegando a níveis de aprovação mínimos”.
“Não se pode mais confiar a condução da coisa pública a quem tem um passado repleto de desserviços à nação ou está sob investigação. Também não se pode mais ignorar as necessidades urgentes da sociedade, como a melhoria imediata dos serviços básicos de saúde, educação, segurança e acesso à Justiça”. (AE)
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