Uma manifestação em dois atos
Mais de 1,1 milhão de pessoas, segundo os organizadores do movimento, protestaram ontem contra as mudanças nas leis trabalhistas e da Previdência
Publicação: 29/04/2017 03:00
Movidos pelas reformas trabalhistas e previdenciária propostas pelo governo Temer, milhares de brasileiros foram às ruas nesta sexta-feira, em mais de 200 cidades do país, para protestar na greve geral convocada por movimentos sindicais e sociais. A manifestação, que contou com a adesão de mais de 90 categorias profissionais, teve dois atos. Pela manhã, ruas e rodovias foram bloqueadas por manifestantes e ônibus não circularam em várias capitais, deixando muitos trabalhadores em casa. À tarde, o movimento ganhou corpo com os trabalhadores indo às ruas. Segundo estimativas do movimento, mais de 1,1 milhão de pessoas participaram dos protestos. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, foram registrados confrontos entre manifestantes e policiais militares. Na capital paulista, tentaram invadir a residência do presidente Temer, que estava em Brasília.
Os bloqueios em estradas e avenidas causaram confrontos em algumas capitais. Em Natal, um homem tentou furar um bloqueio na rodovia BR-406 e atirou contra os manifestantes. Um advogado foi atingido com tiros na perna, foi socorrido e passa bem. Em Salvador, onde sindicalistas bloquearam uma avenida que abriga shoppings, torres comerciais e a rodoviária da cidade, manifestantes entraram em confronto com motoristas e mototaxistas. Os sindicalistas tentaram impedir a circulação dos mototáxis, que serviam de alternativa de transporte com a greve dos rodoviários, mas eles reagiram com pedaços de madeira nas mãos.
No Rio, no início da manhã, houve uma briga no saguão do aeroporto Santos Dumont entre taxistas e manifestantes. Mais tarde, a polícia reprimiu, com balas de borracha, manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que bloqueavam a via de acesso ao aeroporto.
À tarde, o centro do Rio virou uma grande praça de guerra, quando a PM e manifestantes entraram em conflito. Um grupo de servidores estaduais, sindicalistas e estudantes se manifestava em frente à Assembleia Legislativa do Rio quando o confronto começou. A polícia reprimiu os manifestantes com bombas de gás e balas de borracha, que foram revidadas com pedras. Manifestantes fizeram barricadas com entulhos e escudos de tapume pelas ruas internas do centro.
O conflito entrou pela noite - fachadas de lojas e bancos foram destruídas - e chegou até ruas próximas da Praça da Cinelândia. No local um grande comício foi montado com palco, onde sindicalistas se revezavam em discursos. O clima de tensão aumentou depois que a PM disparou bombas de gás lacrimogênio na direção do comício.
Alguns manifestantes chegaram a cantar “Fora, Temer”, enquanto outro grupo tentava se reunir e foi dispersado com bombas de gás, spray de pimenta e tiros de balas de borracha disparados pela polícia. Houve pânico e correria. Jovens mascarados responderam lançando pedras e paus. Pelo menos dez ônibus foram incendiados na região da Lapa e Passeio. Duas pessoas ficaram feridas, mas, segundo a secretaria municipal de Saúde do Rio, os ferimentos foram leves.
Em São Paulo, a cada uma das dezenas de novos bloqueios, a PM repetiu o protocolo de lançar bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes. Um grupo de motoboys chegou a bloquear a Marginal Pinheiros, mas a PM dispersou. Manifestantes depredaram vidraças de agências bancárias.
O Largo da Batata foi o local no qual reuniu um maior número de manifestantes - tanto lá como no Rio, o movimento não deu número da adesão de participantes. De lá, saíram em direção à casa de Michel Temer em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Houve confronto com a PM, que fazia a segurança da residência e precisou do reforço da tropa de choque. Para dispersar o grupo, tiros de borracha e jatos d’água e bombas de efeito moral. Os manifestantes revidavam com paus e pedras.
Os bloqueios em estradas e avenidas causaram confrontos em algumas capitais. Em Natal, um homem tentou furar um bloqueio na rodovia BR-406 e atirou contra os manifestantes. Um advogado foi atingido com tiros na perna, foi socorrido e passa bem. Em Salvador, onde sindicalistas bloquearam uma avenida que abriga shoppings, torres comerciais e a rodoviária da cidade, manifestantes entraram em confronto com motoristas e mototaxistas. Os sindicalistas tentaram impedir a circulação dos mototáxis, que serviam de alternativa de transporte com a greve dos rodoviários, mas eles reagiram com pedaços de madeira nas mãos.
No Rio, no início da manhã, houve uma briga no saguão do aeroporto Santos Dumont entre taxistas e manifestantes. Mais tarde, a polícia reprimiu, com balas de borracha, manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que bloqueavam a via de acesso ao aeroporto.
À tarde, o centro do Rio virou uma grande praça de guerra, quando a PM e manifestantes entraram em conflito. Um grupo de servidores estaduais, sindicalistas e estudantes se manifestava em frente à Assembleia Legislativa do Rio quando o confronto começou. A polícia reprimiu os manifestantes com bombas de gás e balas de borracha, que foram revidadas com pedras. Manifestantes fizeram barricadas com entulhos e escudos de tapume pelas ruas internas do centro.
O conflito entrou pela noite - fachadas de lojas e bancos foram destruídas - e chegou até ruas próximas da Praça da Cinelândia. No local um grande comício foi montado com palco, onde sindicalistas se revezavam em discursos. O clima de tensão aumentou depois que a PM disparou bombas de gás lacrimogênio na direção do comício.
Alguns manifestantes chegaram a cantar “Fora, Temer”, enquanto outro grupo tentava se reunir e foi dispersado com bombas de gás, spray de pimenta e tiros de balas de borracha disparados pela polícia. Houve pânico e correria. Jovens mascarados responderam lançando pedras e paus. Pelo menos dez ônibus foram incendiados na região da Lapa e Passeio. Duas pessoas ficaram feridas, mas, segundo a secretaria municipal de Saúde do Rio, os ferimentos foram leves.
Em São Paulo, a cada uma das dezenas de novos bloqueios, a PM repetiu o protocolo de lançar bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes. Um grupo de motoboys chegou a bloquear a Marginal Pinheiros, mas a PM dispersou. Manifestantes depredaram vidraças de agências bancárias.
O Largo da Batata foi o local no qual reuniu um maior número de manifestantes - tanto lá como no Rio, o movimento não deu número da adesão de participantes. De lá, saíram em direção à casa de Michel Temer em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Houve confronto com a PM, que fazia a segurança da residência e precisou do reforço da tropa de choque. Para dispersar o grupo, tiros de borracha e jatos d’água e bombas de efeito moral. Os manifestantes revidavam com paus e pedras.