Doria quer Lula na eleição para 'enterrar o mito' No Recife para evento com empresários locais, prefeito de São Paulo nega que vá deixar o PSDB

Publicação: 19/08/2017 03:00

Ao mesmo tempo que nega se movimentar pelo país como o presidenciável do PSDB em 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), volta a se comportar como o principal adversário do ex-presidente Lula na corrida ao Planalto. Minutos antes de participar de um evento com empresários no Recife, o tucano disse, num tom de ironia, esperar que o petista seja candidato para finalmente o “mito ser enterrado após perder a eleição”. “Lula tem 6 indiciamentos e uma condenação. Quem deve decidir se ele pode ou não ser candidato é a Justiça. Espero que Lula seja candidato em 2018 e perca. Assim nós enterramos o mito e depois Luiz Inácio da Silva será submetido ao juízo da Justiça, que caberá decidir qual será seu endereço, se São Bernardo (São Paulo) ou Curitiba (PR)”, ironizou o tucano.

Na visão de Doria, o PT fez muito mal ao Brasil ao “gerar milhões de desempregos, lesar os cofres públicos e levar o país a uma recessão de três anos, danificando a imagem do Brasil no plano internacional”. “O PT produziu 14 milhões de desempregados, 7 milhões de subempregados, com 21 milhões de brasileiros em sofrimento nas ruas. Foi um assalto aos cofres públicos como nunca se teve notícias em nenhuma parte do mundo. É um péssimo exemplo para as crianças e jovens que o PT estabeleceu de que pode roubar, que é bom mentir para viabilizar um projeto ideológico. Minha voz sempre continuará contrária a isso”, enfatizou.

Em meio à especulação de que estaria se articulando para disputar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), a indicação para concorrer à Presidência da República em 2018, João Doria negou o embate interno. O tucano garantiu que não disputará prévia interna. “Não há decisão do PSDB de realizar prévias ou não. Não sou contra. Cabe à executiva nacional do PSDB definir. Com Geraldo Alckmin não disputarei prévia. Primeiro por lealdade, respeito e amizade.

O prefeito de São Paulo também negou que poderia disputar a Presidência pelo PMDB, a convite do presidente Michel Temer. “Temer foi sempre gentil comigo, como é sua caracterísitca. Ele manifestou carinho e atenção quando esteve em São Paulo, mas não tenho interesse ou desejo de deixar o PSDB. Sou filiado desde 2001 e nele continuarei”, garantiu o tucano. O tucano se mostrou favorável ao parlamentarismo, em discussão no Congresso Nacional. “Não é uma má ideia. Precisa ser debatida”, afirmou.