Ex-presidente segue em viagem

Publicação: 19/08/2017 03:00

Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava-Jato no caso do triplex do Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira no segundo dia da caravana pelo Nordeste, que, se o cidadão não quiser ser governado por “ladrão”, deve ele mesmo entrar na política. “Quando você disser que o Lula é ladrão, que o deputado tal é ladrão, que o prefeito tal é ladrão, quando todo mundo for ladrão e ninguém prestar, ainda assim você vai ter que tomar uma decisão que é a de entrar na política. Porque o político honesto que vocês querem está dentro de vocês”, disse o ex-presidente em palestra com ares de comício na 4ª Jornada da Juventude em Cruz das Almas.

Proibido pela Justiça de receber o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Lula participou de dois atos públicos na cidade. O primeiro, na entrada da instituição, foi organizado às pressas para preencher a lacuna na agenda da caravana. Antes, o petista visitou a universidade fundada em 2006, no fim de seu primeiro governo, e foi recebido pela direção, professores e funcionários.

O segundo foi a palestra na jornada. Para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, o prefeito de Cruz das Almas, Orlandinho (PT), tratou de dizer que aquilo não se era campanha antecipada nem configurava uso eleitoral da máquina municipal.

Em entrevista a uma rádio em Salvador, Lula afirmou que o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) e o atual, Rui Costa (PT), são potenciais candidatos à Presidência em 2018, caso ele não possa concorrer. (Agência Estado)