Delegado é afastado após operação

Publicação: 12/10/2017 03:00

O secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, determinou ontem que o delegado responsável pela operação na casa de Marcos Lula da Silva, filho mais velho do ex-presidente Lula, se afaste do caso. Na terça-feira, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Marcos Lula, em Paulínia (117 km de São Paulo), após uma denúncia anônima de que haveria drogas naquele endereço. Segundo a coluna Mônica Bergamo, não foram encontrados entorpecentes na residência. Além disso, a polícia apreendeu dois notebooks, CDs, DVDs, disquetes e documentos de Marcos Lula.

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, a pasta afirma que investigará essa diligência em um procedimento administrativo e que, para preservar a apuração, afastará o comissário Rodrigo Luís Galazzo. O secretário se reuniu ontem com seis deputados estaduais do PT: Alencar Santana Braga, Enio Tatto, Ana do Carmo, Márcia Lia, José Américo e José Zico Prado. O partido avalia que o delegado “agiu com clara finalidade política de perseguir Lula e sua família”. “A alegação de que houve uma denúncia anônima sobre drogas e armas em um determinado endereço não se sustenta por algumas razões. A principal delas é que não havia nada no local e tampouco tinha como haver que justificasse tal medida”, afirmou a bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo, também em nota.

Alencar Santana, líder da bancada na Assembleia, diz que, além da questão dos endereços, os deputados abordaram a apreensão dos computadores e documentos. “A ordem é para apreender armas e drogas, como ele sai de lá com papéis e computadores?”, afirma Alencar. “O conjunto de erros dá margem a entender que o objetivo do delegado era político e que não tem sentido ele apurar qualquer coisa desse procedimento.” (Folhapress)