Na passagem pelo Recife, ontem, o ministro Flávio Dino falou sobre a necessidade de harmonia entre os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Entre as principais críticas que o Supremo Tribunal Federal (STF) é quanto à interferência nas decisões dos outros dois. Chegam a dizer que agora assumiu a função de legislar. Além disso, é alvo preferencial dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já teve quem pregasse o fechamento do Supremo. Sem contar nos frequentes ataques ao ministro Alexandre de Moraes. Como integrante Judiciário, Dino disse que “às vezes há muitas incompreensões em torno desse papel do STF, muitos questionamentos e atritos”. “Mas considero algo positivo, desde que seja compreendido como algo dentro das regras democráticas. Acho lamentável a ideia de coagir o Supremo, as instituições, de haver um espírito de retaliação”, colocou. Segundo ele, o STF procura fazer seu trabalho da melhor forma, “mas como qualquer instituição humana tem falhas”. Na sua opinião, o poder para ser bem executado tem que ser controlado. “Essa é a base do conceito de participação funcional do Estado. Há ideia de harmonia, sim, mas harmonia não significa vale tudo, dizer ‘eu posso, eu quero, eu mando’. Harmonia significa cada um fazer o que deve ser feito, no limite da sua competência”, assinalou. Flávio Dino ainda cravou: “Essa ideia de ativismo, de que o STF está querendo mandar e se meter em tudo não é verdadeira”.

Devolução mais rápida
O Governo Lula estuda uma solução mais rápida para ressarcir os aposentados roubados por 29 entidades em conluio com servidores do INSS, por saber que a devolução dos R$ 6,3 bilhões poderá até a acontecer, mas vai demorar. O problema é que a tal opção é duvidosa. O Governo sugere que as próprias pessoas informem que foram lesadas.

Nem todos receberão
O Governo Lula talvez não esteja levando em conta que boa parte dos aposentados roubados é composta por pessoas com dificuldade de acessar a internet, que têm problemas graves de saúde e locomoção ou não sabem que foram vítimas da fraude. Se for dessa forma, nem todos serão ressarcidos.

João afaga Dudu
O prefeito João Campos (PSB) fica só no aguardo do que virá com essa federação entre PP, que lhe faz oposição, e o UB, que é seu aliado. Ontem, ele fez um afago em Eduardo da Fonte (PP), destacando a capacidade de mobilização, formar bancadas e grupos políticos.

PRD e SD articulam fusão
Nesse processo de fusões e federações, PRD e Solidariedade também articulam uma junção de forças. O deputado Luciano Bivar (UB) tenta assumir o controle do PRD de Pernambuco, mas, havendo fusão, Marília Arraes teria mais chances de ficar no comando. O passo seguinte seria uma federação com a nova sigla formada entre PSDB e Podemos.