PDT desembarca da base aliada do governo Lula
Decisão do líder da bancada na Câmara aconteceu quatro dias após a demissão do ex-ministro da Previdência em meio às investigações de fraude no INSS
Publicação: 07/05/2025 03:00
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), anunciou ontem o desembarque da bancada da base aliada do governo Lula. “Estamos nos colocando em independência”, anunciou Heringer em coletiva na liderança do PDT. O anúncio ocorreu quatro dias após o pedido de demissão do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, em meio às investigações sobre fraudes milionárias no INSS.
O líder do PDT indicou ainda que a bancada está “autorizada” a assinar os pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as fraudes no INSS, desde que o escopo da investigação parlamentar seja “ampliado para 2019, para convocar ministros e secretários do governo anterior, com nomes citados no inquérito, e indicação expressa para que a Polícia Federal faça uma apuração a partir de tal data”.
A decisão foi tomada durante reunião realizada ontem pela manhã na casa de Heringer, com a presença de Lupi. Segundo o deputado, a reunião foi “dura”, uma vez que o problema de relacionamento com o governo “já vem de muito tempo”. O líder sustentou que a crise envolvendo o INSS foi mais um episódio na escalada, o “pingo de água” que faltava para o copo transbordar.
Segundo Mário Heringer, o partido não está “indo para a oposição se juntar contra o governo”, até por “não ter afinidade” com a mesma. “Vamos fazer o que nos tivermos vontade em benefício do País e dos Estados”, afirmou, frisando que a decisão não se trata de “retaliação, nem antagonismo”. Ainda de acordo com o líder, o governo Lula não estava oferecendo a “reciprocidade e o respeito” que o PDT “julga merecer”.
Heringer indicou que a decisão deve implicar em uma conduta “diferente” da bancada durante a votação de temas caros ao governo. De outro lado, o deputado não descartou um retorno do PDT para a base aliada, mas frisou que a bancada “não está trocando benesses para voltar à base”.
Recém-nomeado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, segue no cargo. O que ocorre é que os deputados que saíram da base não consideram que ele representa a bancada; no entanto, três senadores pedetistas continuam aliados.
GOVERNO
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou ontem que respeita o posicionamento da bancada do PDT na Câmara. Gleisi comentou ainda que o governo federal continua dialogando com o partido. “Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país”, respondeu Gleisi por meio da sua assessoria ao ser questionada pelo Correio. (Da redação, com Estadão Conteúdo e Correio Braziliense)
O líder do PDT indicou ainda que a bancada está “autorizada” a assinar os pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as fraudes no INSS, desde que o escopo da investigação parlamentar seja “ampliado para 2019, para convocar ministros e secretários do governo anterior, com nomes citados no inquérito, e indicação expressa para que a Polícia Federal faça uma apuração a partir de tal data”.
A decisão foi tomada durante reunião realizada ontem pela manhã na casa de Heringer, com a presença de Lupi. Segundo o deputado, a reunião foi “dura”, uma vez que o problema de relacionamento com o governo “já vem de muito tempo”. O líder sustentou que a crise envolvendo o INSS foi mais um episódio na escalada, o “pingo de água” que faltava para o copo transbordar.
Segundo Mário Heringer, o partido não está “indo para a oposição se juntar contra o governo”, até por “não ter afinidade” com a mesma. “Vamos fazer o que nos tivermos vontade em benefício do País e dos Estados”, afirmou, frisando que a decisão não se trata de “retaliação, nem antagonismo”. Ainda de acordo com o líder, o governo Lula não estava oferecendo a “reciprocidade e o respeito” que o PDT “julga merecer”.
Heringer indicou que a decisão deve implicar em uma conduta “diferente” da bancada durante a votação de temas caros ao governo. De outro lado, o deputado não descartou um retorno do PDT para a base aliada, mas frisou que a bancada “não está trocando benesses para voltar à base”.
Recém-nomeado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, segue no cargo. O que ocorre é que os deputados que saíram da base não consideram que ele representa a bancada; no entanto, três senadores pedetistas continuam aliados.
GOVERNO
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou ontem que respeita o posicionamento da bancada do PDT na Câmara. Gleisi comentou ainda que o governo federal continua dialogando com o partido. “Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país”, respondeu Gleisi por meio da sua assessoria ao ser questionada pelo Correio. (Da redação, com Estadão Conteúdo e Correio Braziliense)