Em dia histórico para o Sport, o clube aprovou na última sexta-feira (04), através da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o novo estatuto rubro-negro. A maioria dos associados 397 (53%) deu o aval para mudanças profundas na estrutura do clube. Já 352 (47%) votaram contra as novas diretrizes, que já tinham sido aprovadas no Conselho Deliberativo. As novas leis entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, não influenciando, desta maneira, no pleito do final deste ano.

“Temos alguns pontos importantes do ponto de vista administrativo. Nós passamos a ter agora em vez de um presidente, que é o regime presidencialista, teremos um conselho de administração, onde a responsabilidade pela condução do clube deixa de ser de uma única pessoa para ser cinco pessoas. Também abre a possibilidade de no futuro o clube ter a sua SAF”, disse Yuri Romão, presidente do Leão.

A partir de agora, o clube passa a estar autorizado a negociar com uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) caso os dirigentes entendam que deva ser o caminho a seguir. Isso porque a redação do novo estatuto apresenta alterações na lei geral, visando a possibilidade da SAF.

No entanto, algumas regras foram estipuladas, como a concessão ser exclusiva do futebol e de no máximo 90% das ações. Com isto, todo o patrimônio, como a Ilha do Retiro e o Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, permanecem com os rubro-negros.

Outra mudança relevante é a presença de um CEO. Este novo integrante será remunerado e escolhido pelo presidente do Conselho de Administração. Será um cargo contratado, ou seja, pode ser demitido de acordo com a vontade da associação, que manterá o controle da agremiação.

A abertura das urnas para os sócios começou às 7h30 e o processo foi encerrado às 16h. Houve quem fizesse campanha para a aprovação e outros não. Os que eram contrários, questionaram a falta de debate sobre os artigos do novo estatuto com a torcida. Já muitos torcedores defenderam que a modernização do clube é bastante necessária.