Possíveis saídas para o problema da violência
Em entrevista para o Esportes DP, o especialista Adriano Costa apontou as três principais medidas para o combate ao terror causado pelas Organizadas
PAULO MOTA
Publicação: 05/02/2025 03:00
Um problema complexo não é resolvido com uma solução simples. As brigas entre torcidas organizadas voltaram a ser manchete, principalmente após as cenas de selvageria no último clássico entre Santa Cruz e Sport, no último sábado (01). Mesmo com diversas leis e ações sendo implementadas, a violência entre torcedores ainda persiste.
Em entrevista ao DP Esportes, Adriano Costa, ex-coordenador regional da Associação Nacional das Torcidas Organizadas, compartilhou três possíveis soluções para este problema na sociedade.
PUNIR CPFs
“Primeiramente, punir expressamente os atos de violência nos CPFs e não nos CNPJ. O fato da impunidade também conta muito, você não pode transferir para as entidades não. Essa é uma responsabilidade do indivíduo, apesar do contexto social. É importante responsabilizar diretamente os agressores, ao invés de culpar as torcidas como um todo. A responsabilização individual seria uma forma mais eficiente de combater a violência e evitar que grupos inteiros paguem por atitudes de alguns”, afirmou o especialista em organizadas.
POLÍTICAS SOCIAIS
A segunda medida sugerida é o investimento em políticas sociais, para incentivar a cultura, com encontros de formações, palestras, ações sociais, cursos técnicos, investimento em cultura e lazer. Através do esporte, cultura e lazer, seria possível oferecer alternativas positivas aos torcedores, promovendo inclusão social e afastando-os de comportamentos violentos.
DIÁLOGO
Por fim, Adriano Costa aponta a importância da representação das organizadas nos grupos de trabalho. Ele ressalta que a ausência de um diálogo real entre os torcedores, os gestores do futebol e da segurança pública contribui para decisões desconectadas da realidade do que acontece nos estádios. “No final, os representantes acabam tomando atitudes ineficientes e populistas, no sentido de tomar decisões fora da realidade. De pessoas que nunca foram aos estádios”, destacou.
“O reconhecimento facial através da tecnologia não tem se mostrado uma grande solução. Se as câmeras da SDS estão funcionando, faz reconhecimento facial no carnaval e na virada do ano. Porque ela não reconheceu os agressores com antecedência e não viu o caminho que as torcidas estavam fazendo. Os crimes estão sendo longe dos estádios”, destacou Adriano.
Sobre as novas medidas do Governo, Adriano foi enfático. “A governadora Raquel Lyra tem mostrado um catálogo de medidas que não devem ser tomadas nesta situação. É um projeto ineficiente, não só da governadora, mas de governos anteriores. São atitudes para ganhar engajamento. Torcida única já se mostrou ineficaz”, finalizou.
Em entrevista ao DP Esportes, Adriano Costa, ex-coordenador regional da Associação Nacional das Torcidas Organizadas, compartilhou três possíveis soluções para este problema na sociedade.
PUNIR CPFs
“Primeiramente, punir expressamente os atos de violência nos CPFs e não nos CNPJ. O fato da impunidade também conta muito, você não pode transferir para as entidades não. Essa é uma responsabilidade do indivíduo, apesar do contexto social. É importante responsabilizar diretamente os agressores, ao invés de culpar as torcidas como um todo. A responsabilização individual seria uma forma mais eficiente de combater a violência e evitar que grupos inteiros paguem por atitudes de alguns”, afirmou o especialista em organizadas.
POLÍTICAS SOCIAIS
A segunda medida sugerida é o investimento em políticas sociais, para incentivar a cultura, com encontros de formações, palestras, ações sociais, cursos técnicos, investimento em cultura e lazer. Através do esporte, cultura e lazer, seria possível oferecer alternativas positivas aos torcedores, promovendo inclusão social e afastando-os de comportamentos violentos.
DIÁLOGO
Por fim, Adriano Costa aponta a importância da representação das organizadas nos grupos de trabalho. Ele ressalta que a ausência de um diálogo real entre os torcedores, os gestores do futebol e da segurança pública contribui para decisões desconectadas da realidade do que acontece nos estádios. “No final, os representantes acabam tomando atitudes ineficientes e populistas, no sentido de tomar decisões fora da realidade. De pessoas que nunca foram aos estádios”, destacou.
“O reconhecimento facial através da tecnologia não tem se mostrado uma grande solução. Se as câmeras da SDS estão funcionando, faz reconhecimento facial no carnaval e na virada do ano. Porque ela não reconheceu os agressores com antecedência e não viu o caminho que as torcidas estavam fazendo. Os crimes estão sendo longe dos estádios”, destacou Adriano.
Sobre as novas medidas do Governo, Adriano foi enfático. “A governadora Raquel Lyra tem mostrado um catálogo de medidas que não devem ser tomadas nesta situação. É um projeto ineficiente, não só da governadora, mas de governos anteriores. São atitudes para ganhar engajamento. Torcida única já se mostrou ineficaz”, finalizou.