O adeus a Manga Nascido em Recife e cria do Sport, goleiro Manga faleceu ontem, aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Ele chegou a jogar uma Copa do Mundo pelo Brasil, no ano de 1966

Publicação: 09/04/2025 03:00

Goleiro ficou conhecido por não utilizar luvas: ele não se sentia confortável e seguro (ARQUIVO/DP)
Goleiro ficou conhecido por não utilizar luvas: ele não se sentia confortável e seguro

Ídolo do Botafogo e titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1966, o ex-goleiro Manga morreu ontem, aos 87 anos. Ele enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra.

Manga é considerado um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro. Nascido no Recife, ele iniciou sua carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Mas se tornou conhecido em nível nacional e mundial ao brilhar no Botafogo entre 1959 e 1968.

Ele participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e duas do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Manga era uma das referências de duas grandes formações do Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor time do Brasil, nas temporadas 61 e 62, e 67 e 68.

Com o destaque no alvinegro carioca, Manga ganhou espaço na seleção brasileira e chegou a ser titular na Copa do Mundo de 1966. Ele compôs a equipe ao lado de lendas, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.

Ele também passou pelo Internacional, onde foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tri gaúcho. Também defendeu o Operário-MS e o Coritiba.

Ele encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, do Equador, em 1982, aos 45 anos. Antes disso, foi campeão equatoriano no ano anterior.

SEM LUVAS

Manga também se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Ele compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.

O jogador se tornou tão simbólico de sua posição em sua época que recebeu homenagem quando ainda estava vivo. O dia do seu nascimento, 26 de abril, se tornou oficialmente o “Dia do Goleiro”. (Estadão Conteúdo)