Nova prisão no caso do promotor
Um dia após o suposto mandante do assassinato se entregar à polícia, outro suspeito foi preso. Polícia crê que ele estava no carro de onde vieram os tiros
RAPHAEL GUERRA
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Publicação: 30/10/2014 03:00
Simulação recriou cena do crime, ocorrido em outubro de 2013 |
Apesar de a Polícia Federal não confirmar oficialmente, a principal linha de investigação é semelhante à traçada pela Polícia Civil. O promotor, acompanhado da noiva, Mysheva Martins, e do tio dela, Adaltivo Martins, teria tido o carro interceptado, na PE-300, em Águas Belas. Foi quando um dos suspeitos desceu e fez os disparos que mataram Thiago. Na versão inicial da Civil, Edmacy teria atirado. Ele chegou a ficar preso por dois meses. A motivação seria a disputa por terras.
Os mandados de prisão do suspeitos são temporários, ou seja, duram até 30 dias, podendo ser renovados por mais 30. Ontem, o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, reiterou que nenhuma hipótese está descartada. “Esses mandados já existiam. Quando o caso foi federalizado, o delegado Alexandre Alves fez o pedido também à Justiça Federal”, disse.
Antes de ir para o Cotel, José Maria prestou depoimento por cerca de duas horas. O conteúdo está sob sigilo. Ele estava numa cela especial, isolado dos outros presos. Hoje à tarde, o suspeito deve voltar à sede da PF, no Recife, para prestar novos esclarecimentos. À imprensa, na última terça-feira, ele contou que passou um ano escondido porque nunca havia sido intimado pela Polícia Civil. Também disse que dormia em cemitérios e no mato.
O delegado federal Alexandre Alves, da Coordenação Geral de Defesa Institucional, assumiu as investigações por determinação do Superior Tribunal de Justiça.