Diario urbano

por Jailson da Paz
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Publicação: 01/01/2017 03:00

Coluna de nomes

Último dia de 2016, enfim. Vasculho os arquivos de mensagens recebidas e enviadas pela coluna – a de “respostas” em especial – e encontro a ratificação de que o jornalismo se faz essencialmente de pessoas. A lista de leitores é extensa. Desde os atentos aos detalhes arquitetônicos e culturais das cidades, do Recife a Petrolina, aos preocupados com os obstáculos nas rotinas da população. Fácil imaginar as denúncias: iluminação pública precária, coleta de lixo irregular, ônibus lotados, remédios em falta, torneiras sem água, furtos em escolas, esgotos estourados, violência contra a mulher, ruas transformadas em estacionamento... Dores de cabeça para a população e para os responsáveis em solucionar “as broncas” – governos e empresas prestadoras de serviço. De um lado, nomes de leitores. Estão Juliana, Cláudia, Albino, Alysson, Enilda, Luiz, Luiza, Genival, Sílvio, Sandra, Izabel e Félix. Do outro, o das empresas e dos poderes públicos, José, Patrícia, Vânia, Carla, Eduarda, Eduardo, Otávio, Carina, Marcela, Pâmella e Antônio. A relação continuaria por cinco, seis ou sete linhas abaixo. E cresceria se ao invés da impessoalidade – assinaturas resumidas aos nomes das empresas – viessem nos e-mails assinaturas de gente. Compreensível quando olhada a burocracia administrativa. Basta uma discada para ver.  Do outro lado da linha telefônica atende uma pessoa geralmente disposta a explicar os porquês de ainda não se ter resolvido as queixas de Francisco, Leandro, Ana e Marcelo. Ou anuncia solução a caminho. Nada melhor quando informam que equipes técnicas estão no lugar do problema ou que o problema chegou ao fim. A coluna se voltou em 2016 para coisas assim e continuará em 2017. Que seja bem-vindo.

Convite à mão
Na estrada de Buíque, o fotógrafo Jean Carlos, colaborador da coluna, captou no meio da estiagem sertaneja o agradecimento dos que recebem. Os alimentos entregues pela LBV foram arrecadados no Recife. O agradecimento veio em palavras, sorrisos e na mão estendida, a da mulher mais velha, em forma de convite à mesa farta.

Diálogo na escola
Bom ter ouvido da Polícia Militar uma proposta para dar fim à onda de furtos na Escola Municipal Gildo Veríssimo, em Cavaleiro, Jaboatão dos Guararapes. A unidade tinha sido roubada quase uma dezena de vezes em 2016, quando, em novembro, o comando do 6º Batalhão discutiu com a escola um plano de segurança. Incluía a Patrulha do Bairro.

Foco no mosquito
Dos bichos citados, o Aedes aegypti ocupa o topo do ranking de 2016. A coluna recebeu denúncias de possíveis criadouros durante todo o ano. Nos primeiros meses, as queixas eram da demora dos municípios em eliminar os focos, a exemplo da Rua Padre Cabral, em Boa Viagem. Esse tipo de reclamação desapareceu no segundo semestre.

Árvores do temporal
Janeiro de 2016 registrou forte temporal na Região Metropolitana. As consequências duraram meses, pois os municípios não tiveram fôlego para a demanda das 173 árvores caídas e das dezenas com risco de desabar. Em outubro, após flagrante da coluna, o Recife retirou um tronco que ainda “incomodava” na Rua Idelfonso Lopes, Boa Vista.