Publicação: 21/01/2017 03:00
O avanço de tecnologias relacionadas à reprodução assistida permite até mesmo a concepção de crianças por mais de dois pais ou a geração do bebê por uma mulher diferente da doadora de óvulos (que, neste caso, só pode ser realizado por uma parente de até segundo grau da mãe ou pai do bebê). O delicado desafio de lidar com esses tipos de gestações, compartilhada por mais de um pai ou gerada por pessoas acima dos 40 anos, traz a necessidade de regras e fiscalizações médicas.
Para analisar estes casos, a Câmara de Bioética do Conselho Regional de Medicina foi formada. “Nosso papel é analisar cada pedido, chamar os pacientes, o colega médico e explicar os riscos daquela situação”, explica Aurélio Molina. Cerca de 20 casos são analisados anualmente em Pernambuco. No estado, boa parte das análises realizadas se refere à geração de uma criança por pais homoafetivos (que implicam em um “útero emprestado”) e na fertilização de mulheres idosas, com mais complicações de saúde na geração de filhos. “Engravidar cedo é um problema do ponto de vista socioeconômico. Se encararmos a recuperação e o trauma, é muito melhor”, explica.
No exterior, os dilemas éticos chegam a outro patamar: a criação de “seres humanos ideais para os pais”, podendo determinar o sexo do bebê, cores dos olhos, pele e até mesmo do cabelo. No Brasil, a escolha do sexo do bebê durante o procedimento in vitro é proibida pelo Conselho Federal de Medicina desde 2010. A atividade consiste em retirar e analisar as células do embrião ou submetê-lo a um processo de imunofluorescência para diferenciá-los e selecionar apenas o desejado. Nos Estados Unidos, um dos poucos países onde a ação é permitida, clínicas de fertilidade chegam a cobrar US$ 20 mil (cerca de R$ 65 mil) pelo procedimento.
A biópsia do embrião só pode ser feita no país se a família tiver histórico de doenças relacionadas ao gênero, como a hemofilia, que só ataca homens. “Isso é considerado um agravo ético, até mesmo uma forma de preconceito. Você pode desequilibrar o balanço da sociedade”, defende Aurélio Molina. No país, a forma mais próxima de poder escolher o sexo da criança é a seleção de espermatozoides antes da fecundação. Enquanto os responsáveis por fecundar bebês do sexo masculino são identificados por serem mais ágeis, Eles podem ser submetidos a um processo de centrifugação e divididos entre essas duas categorias, sempre antes da fecundação em um óvulo. O processo aumenta as chances da gravidez de um sexo determinado, mas pode não ser totalmente eficaz.
O primeiro bebê decorrente de uma fertilização in vitro do mundo foi a inglesa Louise Brown, em 1978. A notícia do nascimento do bebê de proveta foi destaque na edição do Diario de Pernambuco do dia 27 de julho de 1978. Na ocasião, um dos fatores mais surpreendentes para especialistas - além do nascimento da menina - foi que ela conseguia ser amamentada pela mãe.
Para analisar estes casos, a Câmara de Bioética do Conselho Regional de Medicina foi formada. “Nosso papel é analisar cada pedido, chamar os pacientes, o colega médico e explicar os riscos daquela situação”, explica Aurélio Molina. Cerca de 20 casos são analisados anualmente em Pernambuco. No estado, boa parte das análises realizadas se refere à geração de uma criança por pais homoafetivos (que implicam em um “útero emprestado”) e na fertilização de mulheres idosas, com mais complicações de saúde na geração de filhos. “Engravidar cedo é um problema do ponto de vista socioeconômico. Se encararmos a recuperação e o trauma, é muito melhor”, explica.
No exterior, os dilemas éticos chegam a outro patamar: a criação de “seres humanos ideais para os pais”, podendo determinar o sexo do bebê, cores dos olhos, pele e até mesmo do cabelo. No Brasil, a escolha do sexo do bebê durante o procedimento in vitro é proibida pelo Conselho Federal de Medicina desde 2010. A atividade consiste em retirar e analisar as células do embrião ou submetê-lo a um processo de imunofluorescência para diferenciá-los e selecionar apenas o desejado. Nos Estados Unidos, um dos poucos países onde a ação é permitida, clínicas de fertilidade chegam a cobrar US$ 20 mil (cerca de R$ 65 mil) pelo procedimento.
A biópsia do embrião só pode ser feita no país se a família tiver histórico de doenças relacionadas ao gênero, como a hemofilia, que só ataca homens. “Isso é considerado um agravo ético, até mesmo uma forma de preconceito. Você pode desequilibrar o balanço da sociedade”, defende Aurélio Molina. No país, a forma mais próxima de poder escolher o sexo da criança é a seleção de espermatozoides antes da fecundação. Enquanto os responsáveis por fecundar bebês do sexo masculino são identificados por serem mais ágeis, Eles podem ser submetidos a um processo de centrifugação e divididos entre essas duas categorias, sempre antes da fecundação em um óvulo. O processo aumenta as chances da gravidez de um sexo determinado, mas pode não ser totalmente eficaz.
O primeiro bebê decorrente de uma fertilização in vitro do mundo foi a inglesa Louise Brown, em 1978. A notícia do nascimento do bebê de proveta foi destaque na edição do Diario de Pernambuco do dia 27 de julho de 1978. Na ocasião, um dos fatores mais surpreendentes para especialistas - além do nascimento da menina - foi que ela conseguia ser amamentada pela mãe.
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