Os primeiros quíntuplos inseminados do país

Publicação: 21/01/2017 03:00

Débora, Marcos, Filipe, Lucas e Andrea nasceram em junho de 1999 (En Passant Fotografia/Divulgação)
Débora, Marcos, Filipe, Lucas e Andrea nasceram em junho de 1999

Os primeiros quíntuplos gerados em reprodução assistida no Brasil são pernambucanos. Andréa, Débora, Filipe, Lucas e Marcos Cavalcante Belfort nasceram em junho de 1999 e hoje, aos 17 anos, revelam que nunca tiveram dificuldades em dividir as atividades entre eles. O fato terem nascido ao mesmo tempo já não é tão surpreendente para colegas e conhecidos. O mais impressionante para quem acompanha a situação de fora é a companhia constante que fazem uns aos outros, seja na escola, igreja ou na hora de praticar esportes. “Eu, Andreia, Lucas e Marcos já fizemos judô juntos. Já competimos, os meninos, no mesmo time em campeonatos de futsal”, explica Filipe.

Na infância, o maior problema era fazer os colegas de sala acreditarem no parentesco inusitado. “Às vezes, pensavam que éramos dois irmãos gêmeos e três primos”, lembra Filipe. Orientada por uma das escolas onde estudaram, a família chegou a separar as crianças de classe no colégio. O procedimento é sugerido por alguns psicólogos, que apontam a separação no ambiente escolar como uma forma de prover autonomia. A iniciativa não deu certo, porém, para a família Belfort: os irmãos conseguiam fazer amigos diferentes e estudavam melhor quando estavam juntos. “Tentamos por dois anos, mas depois eles voltaram para a mesma turma”, explica a mãe, a advogada Ana Cristina Belfort.

Aproximando-se da maioridade, porém, os cinco devem tomar rumos diferentes. Agora, aguardam o resultado do Enem, uma janela aberta para as diversas profissões que podem seguir pelo resto da vida. “Eles ainda não escolheram o curso, mas vão para as áreas de saúde e exatas”, afirma Ana Cristina. “A gente esperava que isso fosse acontecer, é hora de cada um tomar seu rumo, mas esperamos continuar sempre unidos”, acrescenta Débora. Agora, resta aos quíntuplos o costume com uma caminhada independente, mas nunca solitária.