Diario urbano

Publicação: 03/10/2017 03:00

Rigor e Justiça

As cartas estão postas com estímulo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que órgãos da entidade celebrem acordos de não persecução penal. Acordos que envolvam  apenas os casos de crimes sem violência ou grave ameaça e nos quais, conforme confissão e provas, se possa aplicar penas alternativas. Da proposta do MPPE, amparada em decisão do Conselho Nacional do Ministério Público, pode-se discordar de pontos, mas fingir da necessidade seria tapar o sol com a peneira. E a superlotação carcerária está aí para dizer que continuar com o sistema punitivo brasileiro nos atuais moldes será colocar pólvora onde já se está prestes a explodir. É sustentar um regime em que um ladrão de galinhas senta ao lado de um grande traficante na mesma cela. As consequências dessa junção são explosivas. Em lugar de reeducar, abre-se as portas do mundo do crime para quem aprenderia a lição de que o crime não compensa com mesmo rigor. Não faltam experiências neste sentido mundo afora, embora, por nossa formação, confundamos excesso de rigor com Justiça.

Sujeira alheia
O trecho da PE-015 em Olinda merece o título de território intermunicipal em matéria de limpeza urbana. Moradores das margens e técnicos da prefeitura flagram constantemente  veículos de outros municípios despejando irregularmente metralhas nas calçadas e terrenos baldios ao longo da rodovia. É a terceirização da sujeira.

Lixo da madrugada
Um dos lugares preferidos para descarte irregular de metralhas na PE-015, em Olinda, é o acostamento próximo ao Viaduto do Varadouro. Quase que diariamente, segundo moradores da área, carros despejam metros quadrados de restos de construção, principalmente pedaços de gesso. Os descartes costumam ser feitos nas madrugadas.

Placas na rua
Depois da calçada, ambulantes decidiram estender os domínios da Praça El Salvador para o pavimento da Avenida São Paulo, em Jardim São Paulo. Os domínios são demarcados com carros de lanche e placas publicitários. Vale mais o anúncio das mercadorias do que o corredor livre para a circulação dos veículos e pedestres.

Casa de Capiba
Ao anunciar ontem a desapropriação da casa 369, no Espinheiro, o governador Paulo Câmara afasta um dos riscos frequentes no bairro, o da descaracterização de imóveis de valor histórico e cultural. O imóvel pertencia ao compositor Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, que residiu no lugar entre os anos 1950 e 1990.

Diário Oficial
O decreto de desapropriação da antiga casa de Capiba, no Espinheiro, será publicado hoje no Diário Oficial do Estado. A casa onde viveu o artista pernambucano, nascido no município de Surubim, no Agreste,  fica na Rua Barão de Itamaracá e tinha sido colocada à venda, por R$ 2 milhões, ou para aluguel pela viúva do compositor.

Serviço agendado
Em resposta à coluna, o DER afirmou que o matagal da BR-101, a poucos metros do viaduto de Dois Irmãos, será roçado até o final deste mês. Até lá, o matagal vai continuar nas alturas e dificultando a visibilidade dos motoristas, como registrou Ricardo Fernandes. A capinação do trecho também consta no cronograma.