Agora, há flores, onde antes havia lixo Sementeira municipal de Olinda está sendo implantada no antigo Aterro Sanitário de Aguazinha. Local também produzirá gramas em larga escala

Publicação: 22/01/2018 03:00

O antigo Aterro Sanitário de Aguazinha, localizado na Segunda Perimetral Norte, vai abrigar a Sementeira municipal de Olinda, que hoje funciona em um pequeno espaço no bairro de Jardim Atlântico. Em uma área de cerca de 500 metros quadrados, serão cultivadas mudas de plantas de diversas espécies, todas oriundas de exemplares nativos da região. O local também servirá para a produção de grama em larga escala. O material cultivado será direcionado para a arborização da cidade, incluindo ruas, praças e órgãos.

Entre os exemplos de mudas que já estão sendo plantadas, estão as de algodão da praia, flamboyant, ipês e acácias. A sementeira também deve receber um acervo variado como felícios, palmeiras, cajueiros, mangueiras, entre outras espécies. “Apesar de não termos uma data de inauguração, a sementeira já começou a ser construída. Na verdade, foi transferido o equipamento que funcionava em um espaço pequeno em Jardim Atlântico, com o deslocamento das mudas que estavam sendo plantadas bem como toda a Diretoria de Paisagismo que funcionava lá”, contou o secretário de Serviços Públicos de Olinda, Evandro Avelar.

Segundo o secretário, a proposta também é dar um uso para o terreno que funcionou por tantos anos como depósito de lixo. A nova instalação representará ainda mais agilidade na concepção de projetos paisagísticos e de arborização da cidade, assim como auxiliará na reposição de áreas que sofreram devastação ou supressão irregular. O investimento inicial do projeto foi de R$ 50 mil.

“O terreno do antigo lixão de Aguazinha é enorme. A decisão imediata foi levar o que nós tínhamos de produção de mudas para que possamos também fazer plantios e repovoar aquela área, dando utilidade a um local degradado. Como o espaço é grande, nos ajuda a estocar as gramas que estamos plantando no Varadouro e no Carmo”, justificou Avelar. Ele lembra que na região também há muita água, o que ajuda na produção das plantas nas áreas não impactadas pelo lixo.

A praça da Igreja de São Pedro será o próximo ponto a receber recomposição do gramado. “Hoje, toda essa grama que estamos utilizando tem sido trazida do Rio Grande do Norte porque não tínhamos espaço amplo necessário para a produção do material. Será uma forma de reduzir custos”, disse Avelar.

Segundo o secretário, no passado, o município foi pioneiro em diversos projetos ambientais, que foram se perdendo ao longo dos anos. “Olinda já teve uma composteira e estamos estudando retomar essa produção de composteira. Para adubo, iremos utilizar resíduos das feiras livres, das podas feitas na cidade e quem sabe até fabricar adubo. São formas de economizar nos gastos municipais com destinação de lixo e fazer um melhor reaproveitamento dele”, sugeriu Avelar.

De acordo com o técnico ambiental responsável pela sementeira, Carlos Soares, o trabalho ambiental também pode contar com a ajuda da população. “Qualquer cidadão que disponha de plantas ou mudas e queira realizar a doação, pode nos acionar que faremos a coleta sem custos no próprio endereço da pessoa. Quem tiver disponibilidade, também pode levar até o local, aproveitando para conhecer o espaço mais de perto”, explicou.