Além de resgatarem as três vítimas de dentro do mar, os moradores de Brasília Teimosa colaboraram também na retirada das primeiras peças destruídas da aeronave de dentro da água. Quando a maré começou a baixar, por volta das 10h, os destroços podiam ser vistos por quem estava na orla. Parte da fuselagem foi arrastada pelas águas para cima das pedras. Os outros pedaços foram recolhidos, pouco a pouco, pelos moradores que voltaram a ir ao mar. Todas as equipes de profissionais que trabalhavam no local receberam as peças das mãos dos populares. No início da tarde, os destroços recolhidos foram colocados em um caminhão e encaminhados para perícia.

O auxiliar de serviços gerais João Antônio Farias da Costa, 29 anos, foi um dos que colaboraram com a retirada das peças. Ele também já havia ajudado no socorro às vítimas. “Estamos fazendo isso para ajudar o trabalho do pessoal. Pegamos as peças e trouxemos para a areia. Já no momento do socorro das vítimas, minha reação foi de entrar no mar. Vi que estavam precisando de socorro e não pensei duas vezes. Apesar do que fizemos, dois deles acabaram morrendo. Algumas pessoas estavam nos chamando de herói, mas não fizemos nada demais. O verdadeiro herói foi o piloto que evitou a queda por cima das casas”, ressaltou João.

O estudante Tácio André Cruz do Nascimento, 16, também fez parte do grupo que ajudou nos resgates. “Estava em casa quando minha mãe ouviu o barulho e me acordou. Sair correndo desesperado e fui ajudar os meninos que já estavam no mar. O primeiro que nós tiramos da água foi o piloto, o segundo foi o rapaz mais novo e a mulher foi a última a ser retirada”, contou. Morador da avenida, Lázaro Francisco Cabral, relatou a possibilidade do helicóptero ter sido atingido por alguma ave. “Moro bem aqui em frente do local da queda. A aeronave estava quase batendo nos fios. Dizem que ela havia batido em pássaros e perdeu o controle”, declarou.