COMANDO VERMELHO » Líder de facção tinha vida de luxo

Publicação: 19/06/2018 03:00

Apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho no estado do Amazonas, Clenilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, foi preso em um apartamento de luxo em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes. Ele é investigado por tráfico de drogas e homicídios. A Operação Mirante foi executada pelo Batalhão de Choque e pela Radiopatrulha da Polícia Militar de Pernambuco, em conjunto com a Secretaria Executiva de Inteligência do Amazonas.

De acordo com as investigações, o suspeito estava há três anos em Pernambuco. Ao fim do inquérito, será possível explicar o motivo de ele ter escolhido o estado para morar. Até o momento, não há indícios de que ele atuava aqui. Clenilson foi levado para o Cotel, mas deve ser transferido para o Amazonas.

“Ainda não temos informação se ele tinha ligação com alguma ramificação do Comando Vermelho em Pernambuco. Temos um prazo de 30 dias para conclusão do inquérito policial referente a tráfico de drogas e tentaremos descobrir o porquê de ele ter vindo residir em Pernambuco”, explica o delegado responsável pelo caso no Amazonas, Dennis Pinho.

Clenilson possui ficha criminal extensa por tráfico, já foi preso por outros crimes e está sendo investigado por homicídios no Amazonas. No momento da prisão foram apreendidos dois celulares, dois computadores e R$ 3.925 em espécie. A polícia acredita que ele dava comandos a criminosos amazonenses mesmo diretamente de Pernambuco, onde vivia com esposa e dois filhos menores de idade.

“Ele poderá ser indiciado por tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro”, disse o delegado. Deflagrada no mês de abril, a Operação Banzeiro apreendeu, no Amazonas, um arsenal que possivelmente pertence a “Tio Patinhas”, inclusive uma metralhadora de calibre 30, capaz de abater aviões. “Isso demonstra o poderio de fogo e a capacidade de enfrentamento que essas facções criminosas têm”, conta o delegado.

Tranquilidade
De acordo com o comandante da Radiopatrulha, o major da Polícia Militar Alexandre Jorge, “Tio Patinhas” não reagiu durante a prisão. “Com base nas informações, foi feito um cerco à residência dele e utilizamos um efetivo suficiente para aguardar a saída do local. Quando ele saiu, demos voz de prisão e o elemento se rendeu sem nenhum problema. Parecia tranquilo no ato da abordagem, já deve ser um indivíduo experiente no crime”, contou Alexandre.