4 PERGUNTAS » Pablo Santiago // eletricista, 39 (nome fictício)

Publicação: 01/06/2019 03:00

Como foi esse evento que o senhor e a sua esposa participaram?
Somos de uma igreja e a gente se reúne com pessoas de outras igrejas para levar mantimentos e fazer cultos em diversos municípios. No carnaval, havíamos ido para Bodocó e na Semana Santa era Ibimirim. A alimentação quem faz é a gente mesmo, foi levado boa parte daqui. A outra parte, como algumas frutas e verduras, foram compradas na cidade. Chegamos na quinta-feira e retornamos no domingo. A nossa única suspeita era até o momento uma água, porque havia um bebedouro na escola que estava com uma água de gosto estranho. Estava com fezes de animais e limpamos (a SES afirmou, entretanto, que outros pacientes sintomáticos não beberam da mesma água, de forma que essa possibilidade é reduzida).

Quando vocês começaram a apresentar os sintomas?
Eu tive os primeiros sintomas a partir do dia 3 de maio e fui internado na sexta-feira seguinte, à noite. Foi quando eu não aguentei as dores do corpo. Eu estava com a minha esposa, socorrendo ela, que também já estava sentindo os sintomas.

O que vocês estavam sentindo?

A gente estava sentindo febre, que não cessava. Cheguei a ter 39 graus, quase 40. Ela também. E sentimos também muita dor no estômago, uma dor insuportável. Minha esposa já não andava mais quando chegamos ao hospital.

Como vocês estão se sentindo hoje?

Comecei o tratamento com o remédio para Chagas há três dias. Estou bem, já não tenho febre e as dores cessaram. Praticamente, estamos com a vida normal. Eu fiz o exame cardiológico e tinha uma pequena inflamação na pele do coração, mas o médico disse que não era nada grave. A minha esposa já foi um pouco diferente, ela teve uma alteração bem pequena, e o médico disse para observar mais ela.