Doença modificou a rotina em unidade de referência

Publicação: 27/02/2020 03:00

A chegada da primeira paciente suspeita de coronavírus, a caruaruense de 51 anos, mudou a rotina do hospital na área de isolamento. O corredor principal que separa o jardim dos pavilhões locais está com suas cadeiras de descanso vazias. O pessoal da cozinha foi orientado a não permanecer no jardim no intervalo do almoço. A entrega de alimentos no pavilhão também teve a rotina modificada. Os alimentos são deixados na entrada da recepção. Outra equipe com equipamentos de proteção se encarrega de levar a comida para a paciente em isolamento.

Um agente de vigilância foi colocado na entrada do pavilhão e aceitou uma máscara cedida por uma acompanhante de familiar que também preferiu usar uma máscara. “Meu marido está internado aqui e acho mais seguro usar a máscara e trouxe uma para o agente que fica o dia em pé aqui na frente do pavilhão”, contou a mulher que não quis se identificar.

O uso de máscara, segundo o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, é menos importante do que lavar as mãos. “O uso de máscaras está apenas indicado para as pessoas que são casos suspeitos da infecção pelo coronavírus. Fora isso, o uso de máscaras pela população geral não se mostra eficiente. É muito mais importante a lavagem das mãos com água e sabão, o uso do álcool gel e o não compartilhamento de objetos pessoais como garfo, toalhas, principalmente se a pessoa estiver com os sintomas.

Segundo o coordenador geral do Samu Metropolitano, Leonardo Gomes,  270 profissionais receberam treinamento para lidar com esse tipo de emergência e a meta é atingir os 550 profissionais que integram o quadro do serviço. Foi o Samu, acionado pela Anvisa, que fez a primeira avaliação médica da mulher de 51 anos. Ela apresentava sintomas leves da doença com pouca alteração clínica e sinais vitais normais. O resgate ocorreu na pista, sem passar pelo saguão do aeroporto. Ela foi levada para uma das 14 salas de isolamento preparadas para casos desse tipo Huoc.