CARNAVAL 2024 » Polícia alerta para evitar golpe do Pix Empresa de tecnologia indica casos de crimes cibernéticos na folia. Polícia Civil listou dicas para que foliões não caiam em falsas vendas

Wilson Maranhão

Publicação: 03/02/2024 03:00

Faltando menos de uma semana para a abertura do carnaval em Pernambuco, os foliões que utilizam as plataformas digitais para serviços financeiros e transações por Pix precisam ficar atentos para não cair em golpes cibernéticos.

É que o período é mais propício para ciberataques. Também é preciso ficar de olho em golpes na compra de ingresos e abadás de blocos, que podem ser falsos. O alerta é feito por especialistas da Palo Alto Networks, uma empresa de tecnologia.

Eles apontam a necessidade de as pessoas ficarem atentas. A Palo Alto destaca que os crimes virtuais ocorrem com mais frequência durante o momento em que o folião realiza operações digitais. Um exemplo é o pagamentos de bebidas ou comida, em que os criminosos podem roubar a senha digital.

A partir desse alerta, o Diario de Pernambuco procurou a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRIC) orientou como se proteger.

O delegado titular, Eronides Meneses, alertou sobre os golpes do Pix e da compra de abadá para festas de carnaval.

Confira as dicas

Golpe do Pix

“Em relação ao Pix, o pessoal tem que ter cuidado quando for fazer as transações, pois ele é uma modalidade instantânea. Um exemplo. Um golpista, se passando por filho,  pede dinheiro e a pessoa manda, sem pensar. Depois, descobre que caiu no golpe. Outra questão é a possível recusa da transferência pelo banco. Pode existir algum problema detectado com aquela conta que está recebendo o dinheiro. Ela pode ser de alguém que você conhece e está sendo utilizada para fraude. Então, o sistema bloqueia e não deixa a pessoa fazer a transação. Mas, mesmo assim, a vítima pode pedir a outra pessoa para fazer a transação ou utilizar outro aplicativo de banco para realizar essa transferência. É depois disso que a vítima entra em contato com a pessoa beneficiada e percebe que não houve pedidos, caindo, assim, no golpe”.

Compra de abadá

“As pessoa têm anunciado muitas festas, duplicando eventos, em sites falsos ou mesmo em aplicativos legítimos. Por exemplo, tal site anuncia a venda de abadá para um bloco específico em um site famoso. Daí, o golpista pega e faz prints desses anúncios e coloca em site desconhecido de outros estados e anuncia a oferta mais barata. O cliente compra e acaba caindo no golpe, pois o ingresso e o abadá são falsos. Sempre é bom o folião comprar abadás em sites de confiança, sendo aqueles anunciados pela Imprensa, ou aqueles que se apresentam em perfis oficiais. Tem muito golpista lucrando com a venda de abadás e ingressos falsos”.