Publicação: 31/10/2024 03:00
O juiz Marcus Vinicius Nonato Rabelo Torres rejeitou os argumentos da colega e decidiu condená-la a pagar R$ 8.697,00 por cada mês em que continuou no apartamento, além de R$ 17.884,73 pelas despesas assumidas pelos novos proprietários. "A ocupação injusta do réu é inquestionável e, apesar da contestação, incontroversa", registrou, na sentença.
O apartamento só foi entregue aos proprietários no dia 7 de dezembro de 2022, após ordem judicial que autorizou uso das forças policiais para garantir o despejo. Fotos anexadas ao processo mostram que o imóvel foi devolvido por Andréa Calado com alguns danos e faltando uma série de itens, como fechadura e até vaso sanitário.
Na quinta-feira passada (24), véspera do vencimento, Andréa trocou de advogado e solicitou que a data fosse adiada para que o novo representante fizesse a "análise e estudos dos autos". O pedido foi recusado.
ANDRÉA CALADO
Com mais de 20 anos de magistratura, Andréa Calado atua na 12ª Vara Criminal da Capital. No Tribunal, ela é conhecida pela postura "linha-dura" e já esteve envolvida em outros episódios polêmicos.
Em 2013, época em que atuava na Vara da Infância e Juventude de Olinda, a magistrada foi investigada por supostas irregularidades na concessão de guarda provisória de uma criança que morava nos Estados Unidos.
Ela chegou a ser chamada para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara dos Deputados, que investigava tráfico de pessoas.
No ano seguinte ela viu-se no centro de outro imbróglio. A juíza se tornou alvo de uma representação da subseccional de Vitória de Santo Antão da Ordem dos Advogados (OAB), que apontava manipulação na distribuição de processos criminais e até lavratura de certidão falsa. A medida foi apoiada pela OAB estadual.
Já em 2015, a Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco puniu Andréa Calado por irregularidades na conduta funcional, incluindo assédio moral a funcionários. As denúncias citavam, ainda, vazamento de informações em dois processos e a exigência para que servidores participassem de uma "cota" de arrecadação de dinheiro, que teria desaparecido da Vara. A magistrada recebeu uma advertência por escrito.
Pesquisa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também mostra que a juíza foi alvo de pelo menos outras 16 representações. Entre os casos, está o "sumiço" de um processo criminal na cidade de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, e abuso de autoridade contra servidor. Todas as reclamações foram arquivadas.
O Diario de Pernambuco procurou o escritório de advocacia que representa a magistrada. O TJPE também foi procurado. Até o fechamento desta edição, ninguém se manifestou.
O apartamento só foi entregue aos proprietários no dia 7 de dezembro de 2022, após ordem judicial que autorizou uso das forças policiais para garantir o despejo. Fotos anexadas ao processo mostram que o imóvel foi devolvido por Andréa Calado com alguns danos e faltando uma série de itens, como fechadura e até vaso sanitário.
Na quinta-feira passada (24), véspera do vencimento, Andréa trocou de advogado e solicitou que a data fosse adiada para que o novo representante fizesse a "análise e estudos dos autos". O pedido foi recusado.
ANDRÉA CALADO
Com mais de 20 anos de magistratura, Andréa Calado atua na 12ª Vara Criminal da Capital. No Tribunal, ela é conhecida pela postura "linha-dura" e já esteve envolvida em outros episódios polêmicos.
Em 2013, época em que atuava na Vara da Infância e Juventude de Olinda, a magistrada foi investigada por supostas irregularidades na concessão de guarda provisória de uma criança que morava nos Estados Unidos.
Ela chegou a ser chamada para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara dos Deputados, que investigava tráfico de pessoas.
No ano seguinte ela viu-se no centro de outro imbróglio. A juíza se tornou alvo de uma representação da subseccional de Vitória de Santo Antão da Ordem dos Advogados (OAB), que apontava manipulação na distribuição de processos criminais e até lavratura de certidão falsa. A medida foi apoiada pela OAB estadual.
Já em 2015, a Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco puniu Andréa Calado por irregularidades na conduta funcional, incluindo assédio moral a funcionários. As denúncias citavam, ainda, vazamento de informações em dois processos e a exigência para que servidores participassem de uma "cota" de arrecadação de dinheiro, que teria desaparecido da Vara. A magistrada recebeu uma advertência por escrito.
Pesquisa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também mostra que a juíza foi alvo de pelo menos outras 16 representações. Entre os casos, está o "sumiço" de um processo criminal na cidade de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, e abuso de autoridade contra servidor. Todas as reclamações foram arquivadas.
O Diario de Pernambuco procurou o escritório de advocacia que representa a magistrada. O TJPE também foi procurado. Até o fechamento desta edição, ninguém se manifestou.
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