Aeroporto de Noronha tem obras retomadas
Nova fase de requalificação acontece depois de dois incidentes com aeronaves que atolaram na pista e da proibição de receber dois voos de uma só vez
Publicação: 10/07/2025 03:00
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As obras são realizadas apenas no horário das 17h às 2h para não atrapalhar o terminal |
O governo de Pernambuco deu início, na última terça-feira (8), a uma nova fase das obras de requalificação do Aeroporto Governador Carlos Wilson, em Fernando de Noronha. A intervenção, coordenada pela Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), concentra-se agora no pátio de taxiamento e estacionamento de aeronaves.
Segundo o governo, o investimento total é de R$ 60 milhões e o projeto integra o programa estadual de modernização da infraestrutura aeroportuária, cujo objetivo é ampliar a conectividade regional e fomentar o desenvolvimento sustentável em todas as regiões do estado.
A primeira etapa da requalificação foi concluída em março deste ano, com a restauração do eixo central da pista de pouso e decolagem. Conforme o executivo estadual, a entrega da nova pista permitiu o retorno das operações com aeronaves a jato, após dois anos de interrupção, restabelecendo a conexão direta da ilha com o continente.
De acordo o governo, os trabalhos são executados apenas no período das 17h às 2h da manhã, a fim de minimizar os impactos nas operações regulares do aeroporto e na rotina dos moradores e visitantes da ilha.
PROBLEMAS
Desde o último dia 4, o Aeroporto de Fernando de Noronha opera sob uma nova regra de segurança definida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a qual determina que apenas uma aeronave pode permanecer na pista por vez. A medida foi adotada após dois incidentes ocorridos no pátio do terminal no período de menos de dez dias, envolvendo aviões das companhias Azul e Gol que ficaram atolados na pista.
No domingo (6), um voo da Azul Linhas Aéreas que saiu do Recife com destino a Noronha foi impedido de pousar no arquipélago e precisou seguir até Natal. Segundo a empresa, os passageiros receberam assistência conforme prevê a Resolução 400 da ANAC, incluindo reacomodação em voos extras.
A proibição da permanência simultânea de aeronaves tem gerado ajustes no fluxo de pousos e decolagens na ilha. “Até onde sabemos, só está podendo ficar uma aeronave na pista. Uma aeronave fica na pista, e a outra só aterriza depois que essa sair. Está esse fluxo por questão de segurança, enquanto as obras acontecem”, informou a assessoria da Semobi.
A responsabilidade pela administração do aeroporto é da empresa Dix Empreendimentos, concessionária que opera o terminal desde 2011 por meio de contrato firmado com o governo de Pernambuco. A companhia também está à frente de uma obra de ampliação que pretende mais que triplicar o tamanho do terminal de passageiros até 2026.