Futura sede do Elefante é alvo de disputa
Imóvel cedido pelo governo do estado ao tradicional clube carnavalesco vem sendo ocupado por uma ONG que se recusa a deixar o local
CAMILA ESTEPHANIA
Publicação: 06/08/2025 03:00
![]() | |
O Elefante informou que pretender reformar o imóvel |
Presidente e fundador da ONG, o empresário Paulo Fernando Marinho da Silva afirma que só sai do endereço se receber indenização. Ele alega ter feito investimentos no terreno. Já o Elefante argumenta que, desde a cessão onerosa das casas, somente ele ou parceiros poderiam reformar ou modificar a estrutura das casas.
Segundo o Elefante de Olinda, em abril de 2024, a Deica enviou uma carta ao Elefante, pedindo permissão para usar o espaço. Entretanto, a diretoria da agremiação diz que não autorizou essa permanência.
Um ano depois, o Clube levou uma notificação extrajudicial para solicitar a retirada voluntária da Deica, que ignorou o pedido. Na casa vizinha, também cedida ao Elefante, havia outra ocupação irregular, mas os ocupantes decidiram que vão deixar o imóvel após a notificação.
Em entrevista ao Diario, o presidente da Deica relatou que a ONG funciona das 8h às 19h e atuaria com doações de cadeiras de rodas, aparelhos auditivos, cestas básicas, sopão e aulas de capoeira. Trajado com a farda da Deica, Paulo diz que os membros da organização cuidam da área e “botam pra sumir” aqueles que estiverem praticando atividades ilícitas nas redondezas.
Já o Elefante diz que contratou um escritório de arquitetura jpara restaurar as casas. Após a conclusão das obras, a previsão é que a sede funcione como reserva técnica para as fantasias e materiais do bloco. “Funcionará como um espaço de salvaguarda do frevo”, ressalta Bruno.