Publicação: 19/10/2020 03:00
Não se pode falar da Livro 7 sem destacar seus lançamentos. Desde a presença de gigantes nacionais como Osman Lins, Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar até o uruguaio Eduardo Galeano. Quem bem definiu o status da livraria foi Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, que, em visita, pontuou: “Aqui em Pernambuco, sempre foi diferente do resto do país. Aqui encontrei três partidos: MDB, Arena e Livro 7”.
A visita mais memorável foi a do escritor norte-americano Sidney Sheldon, naqueles tempos o maior best-seller mundial. O convite surgiu após contato de Tarcísio com o agente literário do autor de O outro lado da meia-noite na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e ao tomar conhecimento de uma turnê de Sheldon pela América Latina. “Esse lançamento foi o maior do Brasil, só nessa noite vendeu 940 exemplares. O pessoal também trazia livros já lidos de casa. Ele foi um verdadeiro gentleman. A mulher dele se levantou duas vezes pra filmar o tamanho das filas”, relembra o livreiro.
A noite de filas para autógrafos no fim da década de 1980 quase não aconteceu. Segundo Tarcísio, ao chegar em Porto Alegre, o escritor teve receio de vir ao Recife por causa da violência. Com o lançamento já anunciado e alta expectativa criada, a noite foi salva por um esforço coletivo. “Eu montei um esquema que funcionou muito bem, através de fax com umas matérias e notas que tinham saído na mídia. No dia seguinte, ele ligou para a editora e chegaram a um acordo: viria ao Recife num voo comercial e voltaria de jatinho, e alguém teria que bancar. ‘Eu disse a ele que já tava bancado’, mesmo sem saber quanto custaria”, comenta, aos risos.
Sidney foi recebido com seis faixas - encomendadas por Tarcísio, vale frisar - que o elogiavam e davam boas-vindas. “Eu sei que o motorista me contou depois, que sempre desacelerava perto das faixas para ele ler. A cada faixa, o escritor vibrava no banco de trás do carro.”
A visita mais memorável foi a do escritor norte-americano Sidney Sheldon, naqueles tempos o maior best-seller mundial. O convite surgiu após contato de Tarcísio com o agente literário do autor de O outro lado da meia-noite na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e ao tomar conhecimento de uma turnê de Sheldon pela América Latina. “Esse lançamento foi o maior do Brasil, só nessa noite vendeu 940 exemplares. O pessoal também trazia livros já lidos de casa. Ele foi um verdadeiro gentleman. A mulher dele se levantou duas vezes pra filmar o tamanho das filas”, relembra o livreiro.
A noite de filas para autógrafos no fim da década de 1980 quase não aconteceu. Segundo Tarcísio, ao chegar em Porto Alegre, o escritor teve receio de vir ao Recife por causa da violência. Com o lançamento já anunciado e alta expectativa criada, a noite foi salva por um esforço coletivo. “Eu montei um esquema que funcionou muito bem, através de fax com umas matérias e notas que tinham saído na mídia. No dia seguinte, ele ligou para a editora e chegaram a um acordo: viria ao Recife num voo comercial e voltaria de jatinho, e alguém teria que bancar. ‘Eu disse a ele que já tava bancado’, mesmo sem saber quanto custaria”, comenta, aos risos.
Sidney foi recebido com seis faixas - encomendadas por Tarcísio, vale frisar - que o elogiavam e davam boas-vindas. “Eu sei que o motorista me contou depois, que sempre desacelerava perto das faixas para ele ler. A cada faixa, o escritor vibrava no banco de trás do carro.”
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