Aeronáutica recupera conteúdo de gravador
Equipamento gravou os últimos 30 minutos de conversa na cabine do avião que caiu e matou Teori
Publicação: 24/01/2017 03:00
A Aeronáutica confirmou, na noite de ontem, que os técnicos conseguiram acessar material arquivado no gravador de voz da cabine do avião King Air que caiu e matou, na última quinta-feira, o ministro do STF Teori Zavascki e mais quatro pessoas. O conteúdo da gravação não foi divulgado porque a Justiça Federal decretou sigilo nas investigações.
O aparelho sofreu danos pelo impacto com o mar, mas não foram graves a ponto de impedir o acesso aos dados. O equipamento grava os últimos 30 minutos de conversa na cabine do avião. Chamado de CVR, ele chegou a Brasília na manhã de sábado e está sob os cuidados do Labdata (Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo), do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). À tarde, a Aeronáutica havia informado que os próximos passos do Labdata eram “secagem do aparelho, verificação da integridade dos dados, processo de degravação dos dados e processo de transcrição”.
Segundo a Aeronáutica, o CVR possui “duas partes”. “A primeira é o gravador em si, que armazena os dados. Essa parte é altamente protegida. A segunda é chamada ‘base’, que contém cabos e circuitos que fazem a ligação com o armazenamento de dados. É essa segunda ‘parte’ que está molhada e precisa ser recuperada”, informou a nota.
O aeroporto para o qual o avião se dirigia, na cidade de Paraty (RJ), não dispõe de torre de controle. Se o gravador estava acionado durante o voo, em tese registrou conversas na cabine e contatos do piloto com a torre de controle do Campo de Marte, em São Paulo, de onde o avião partiu. A análise das supostas conversas pode dar pistas aos investigadores sobre causas do acidente. A investigação do Cenipa é focada na identificação de causas da queda e possíveis recomendações para redução de riscos e não tem prazo para acabar.
O inquérito tocado pela Polícia Federal sobre a queda do avião inclui investigações em Sorocaba (SP), onde se localiza o hangar principal utilizado pelo avião King Air que se acidentou, Paraty (RJ) e no aeroporto do Campo de Marte, onde foi apreendido vídeo com imagens captadas sobre a chegada do ministro do STF no dia do acidente.
Os policiais, entre os quais um ex-piloto de avião comercial, são lotados na direção geral da PF, em Brasília. O grupo básico é formado por seis investigadores, alguns dos quais também trabalharam no inquérito que apurou a queda do jatinho que, em 2014, matou o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB). O objetivo do inquérito sigiloso da PF é averiguar se alguma ação criminosa concorreu para a queda.
Preocupado com notícias divulgadas no fim de semana com inúmeras ilações sobre sabotagem envolvendo a queda do avião, o presidente Michel Temer convocou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, para se informar sobre a investigação que está sendo realizada pela Força Aérea e sobre os prazos de conclusão dos trabalhos. (AE e Folhapress)
O aparelho sofreu danos pelo impacto com o mar, mas não foram graves a ponto de impedir o acesso aos dados. O equipamento grava os últimos 30 minutos de conversa na cabine do avião. Chamado de CVR, ele chegou a Brasília na manhã de sábado e está sob os cuidados do Labdata (Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo), do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). À tarde, a Aeronáutica havia informado que os próximos passos do Labdata eram “secagem do aparelho, verificação da integridade dos dados, processo de degravação dos dados e processo de transcrição”.
Segundo a Aeronáutica, o CVR possui “duas partes”. “A primeira é o gravador em si, que armazena os dados. Essa parte é altamente protegida. A segunda é chamada ‘base’, que contém cabos e circuitos que fazem a ligação com o armazenamento de dados. É essa segunda ‘parte’ que está molhada e precisa ser recuperada”, informou a nota.
O aeroporto para o qual o avião se dirigia, na cidade de Paraty (RJ), não dispõe de torre de controle. Se o gravador estava acionado durante o voo, em tese registrou conversas na cabine e contatos do piloto com a torre de controle do Campo de Marte, em São Paulo, de onde o avião partiu. A análise das supostas conversas pode dar pistas aos investigadores sobre causas do acidente. A investigação do Cenipa é focada na identificação de causas da queda e possíveis recomendações para redução de riscos e não tem prazo para acabar.
O inquérito tocado pela Polícia Federal sobre a queda do avião inclui investigações em Sorocaba (SP), onde se localiza o hangar principal utilizado pelo avião King Air que se acidentou, Paraty (RJ) e no aeroporto do Campo de Marte, onde foi apreendido vídeo com imagens captadas sobre a chegada do ministro do STF no dia do acidente.
Os policiais, entre os quais um ex-piloto de avião comercial, são lotados na direção geral da PF, em Brasília. O grupo básico é formado por seis investigadores, alguns dos quais também trabalharam no inquérito que apurou a queda do jatinho que, em 2014, matou o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB). O objetivo do inquérito sigiloso da PF é averiguar se alguma ação criminosa concorreu para a queda.
Preocupado com notícias divulgadas no fim de semana com inúmeras ilações sobre sabotagem envolvendo a queda do avião, o presidente Michel Temer convocou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, para se informar sobre a investigação que está sendo realizada pela Força Aérea e sobre os prazos de conclusão dos trabalhos. (AE e Folhapress)