Escolheu o cavalo errado Principal jóquei do país, o carioca J. Ricardo preteriu Montardon em detrimento de Ballian, que terminou o Bentão na penúltima colocação

Publicação: 22/12/2014 03:00

Na programação original do 46º Grande Prêmio Bento Magalhães de turfe, divulgada na última sexta-feira e ainda permanece no site oficial do Jockey Club de Pernambuco, o nome do badalado jóquei J. Ricardo aparece escrito ao lado dos animais Ballian (4) e Montardon (7). O carioca Ricardinho, de 52 anos, fez a sua escolha depois de ouvir elogios a respeito do animal que havia vencido recentemente o GP Edísio Pereira. Optou por Ballian. Sendo assim, restou a Bruno Reis (B. Reis, 32 anos), outro jóquei do Rio de Janeiro que estreou no Areião da Madalena ontem, ficar com Montardon. Se deu bem.

O preterido por Ricardinho acabou se transformando no grande vencedor do Bentão 2014, ontem à tarde. Tendo B. Reis no dorso, Montardon não só cruzou a linha de chegada em primeiro lugar como estabeleceu novo recorde da prova, com o tempo de 1min57. A marca anterior pertencia justamente a Ballian, com 1min58s, alazão tostado que chegou à Vila Hípica da Madalena há quase dois anos.

Na distância de 2.400 metros, Ballian dominou a prova até os 900 metros. A partir desta distância, porém, o animal começou a perder força. Melhor para Montardon, que tomou as rédeas do páreo, sem ser ameaçado por nenhum outro oponente. Ballian terminou ficando na penúltima colocação, enquanto os poucos cotados Vuolei Soldi e Neuchatel terminaram nas segunda e terceira colocações, respectivamente.

“Qualquer páreo para mim encaro como se fosse um grande prêmio. Por isso, entro na pista com bastante seriedade. Dou todo o crédito ao treinador de Montardon (D. Guignoni), que chegou aqui há apenas oito dias e deixou ele prontinho”, declarou B. Reis, que desembarcou no Recife na manhã de ontem e tinha retorno para o Rio previsto para a noite do mesmo dia.

J. Ricardo só não conseguiu vencer o GP, mas levou para casa a vitória em outros quatro páreos do Bento Magalhães. “Não sei bem o que aconteceu com o cavalo a partir dos 900 metros. Ele começou a retroceder. Não correu como deveria. Ele pode ter sentido um ferimento que tinha. Apesar de não ter vencido o principal páreo, saio daqui muito feliz. E nos lugares que sou bem recebido, sempre tenho o desejo de retornar”, comentou ele, que reside na Argetina há oito anos. Ricardinho aproveita a estadia na capital pernambucana para passar o Natal em Porto de Galinhas. “Só vou embora no dia 27”, acrescentou.