Falsas promessas

Publicação: 05/12/2016 03:00

O acidente do Brasil causou comoção. Vários clubes, políticos e empresas se prontificaram a ajudar de imediato. Mas, com a distância do fato, as mão estendidas foram se recolhendo. “A nossa tragédia foi muito semelhante a da Chapecoense, mas de menor proporção. Tivemos muitas promessas, mas várias não foram cumpridas”, diz Helder Lopes, presidente do Brasil-RS na ocasião.

Segundo o ex-dirigente, vários clubes se prontificaram a ceder atletas. Mas as ofertas não eram as ideais. “Falou-se muito da dupla Gre-Nal. Fomos muito bem recebidos pelo Grêmio, que nos cedeu alguns atletas. Mas era começo de ano com times recém-formados. Sobraram jogadores voltando de lesão e outros que estavam sem clube”, acrescenta Lopes, que acabou não aceitando as condições oferecidas pelo Internacional.

Ainda segundo o ex-presidente, o Botafogo foi outro clube que auxiliou o Brasil-RS, participando de um amistoso com o time e doando toda a renda. “Contamos também com a ajuda do governo do estado, que nos deu uma ajuda irrisória. Algumas empresas também patrocinaram a nossa camisa e ainda tivemos a ajuda financeira dos empresários (de jogadores) Jorge Machado e Gilmar Veloz”, contabiliza. “Quem nos ajudou, ficamos muito gratos. Quem não, não tem problema. O que machucou foi se prontificar em público e não fazer nada depois”, acrescenta.