A ação da quadrilha também amedrontou o sargento reformado da PM Josias da Silva, 64 anos, que já esteve em vários combates contra bandidos. “Eu nunca vi um negócio desses. Quando começou os tiros estava todo mundo dormindo em casa. Ainda tentamos olhar pela janela, que tremeu no momento da explosão. Ficamos com muito medo mesmo”, contou.

A dona de casa Letícia da Silva, 50 anos, também estava dormindo quando o tiroteio começou. A princípio ela acreditava tratar-se de fogos, até que percebeu que o barulho ficou mais intenso. “Na hora da explosão houve um grande estrondo. A minha janela balançou. Não consegui mais dormir e acordei o meu marido com medo dos tiros. A bala comeu no centro. Foi aterrorizante, nunca senti tanto medo na vida”, relatou a dona de casa.

José de Ramos, 39 anos, mora na Rua Doutor Francisco Abreu e estava acordado no momento em que os tiros começaram. Sua maior preocupação foi a mãe idosa. “Os primeiros tiros foram mais baixos, acho que de armas menores. Me assustei, mas pensei que era um assalto no Hiper. Logo depois começaram muitos tiros e sem cessar. Foi uma situação horrível, e um sentimento de impotência e insegurança. Estamos traumatizados”, disse.

O proprietário de uma oficina de veículos na Rua Tapajós, José Nivaldo da Silva, perdeu o teto de algumas salas do seu estabelecimento. “Felizmente, não havia ninguém aqui na hora porque todas as vidraças foram quebradas”, disse mostrando os estragos no imóvel, que ontem também não foi aberto. Ainda não se sabe quem irá arcar com os prejuízos.