Publicação: 20/06/2018 03:00
Diomédio de Moura Barbosa, 65 anos, sabe com exatidão a parte que lhe é de direito na vida. Há 60 anos, chegou a Porto do Carrapicho, uma localidade pouco habitada e afastada do centro de Goiana. Por 30 anos o paraibano trabalhou para os donos das terras carregando coco em lombo de burro ou cortando lenha para forno de cal. Somente há três, construiu sua casa de alvenaria. Antes disso, vivia entre paredes de taipa.
Diomédio hoje também comemora ser dono de uma plantação de inhame, autorizada pelos donos da propriedade. E vai vivendo, entre o dinheiro obtido com a colheita – que dura sete meses - e a pesca, essa última que não lhe rende quase nada. “Fui em festa quando era criança. Minha festa é trabalhar. Aqui só é minha a planta. Até eu morrer”, esclarece, referindo-se ao inhame.
Porto de Carrapicho é uma comunidade simples habitada por pescadores como Diomédio e sua mulher, Claudomira Mendonça Barbosa, 59. Quase não se vê visitantes no lugar. A escola e o posto de saúde ficam a uma hora de lá se o trajeto for feito a pé até Carrapicho de Cima. O transporte é a moto ou o carro particular. O nome Porto vem de um antigo porto que funcionou na região.
As terras têm dono e muitas famílias começaram a deixar o lugar há cerca de dez anos para morar em Igarassu. Elisa Tavares de Souza, 70, é vizinha do casal. Cultiva amizade antiga com Claudomira. Sente saudades de quem partiu para Igarassu. Mas lamenta ainda viver em uma casa de taipa rebocada. Queria uma de alvenaria. Viúva, a aposentadoria chegou há pouco tempo para ajudar nas despesas com o filho com necessidades especiais que mora com ela.
Certo por mês, Diomédio e a mulher garantem o pagamento do empréstimo que fizeram ao banco para construir a casinha e comprar as sementes. Para quem comeu mato cozido para não morrer de fome, ele se considera rico. “Tenho o pão de cada dia”. Os moradores de Porto de Carrapicho gostam da calma do lugar. Mas lamentam a distância dos serviços de saúde e educação. A falta de transporte público. Anseiam por mais visitas. Das que trazem prosperidade.
Diomédio hoje também comemora ser dono de uma plantação de inhame, autorizada pelos donos da propriedade. E vai vivendo, entre o dinheiro obtido com a colheita – que dura sete meses - e a pesca, essa última que não lhe rende quase nada. “Fui em festa quando era criança. Minha festa é trabalhar. Aqui só é minha a planta. Até eu morrer”, esclarece, referindo-se ao inhame.
Porto de Carrapicho é uma comunidade simples habitada por pescadores como Diomédio e sua mulher, Claudomira Mendonça Barbosa, 59. Quase não se vê visitantes no lugar. A escola e o posto de saúde ficam a uma hora de lá se o trajeto for feito a pé até Carrapicho de Cima. O transporte é a moto ou o carro particular. O nome Porto vem de um antigo porto que funcionou na região.
As terras têm dono e muitas famílias começaram a deixar o lugar há cerca de dez anos para morar em Igarassu. Elisa Tavares de Souza, 70, é vizinha do casal. Cultiva amizade antiga com Claudomira. Sente saudades de quem partiu para Igarassu. Mas lamenta ainda viver em uma casa de taipa rebocada. Queria uma de alvenaria. Viúva, a aposentadoria chegou há pouco tempo para ajudar nas despesas com o filho com necessidades especiais que mora com ela.
Certo por mês, Diomédio e a mulher garantem o pagamento do empréstimo que fizeram ao banco para construir a casinha e comprar as sementes. Para quem comeu mato cozido para não morrer de fome, ele se considera rico. “Tenho o pão de cada dia”. Os moradores de Porto de Carrapicho gostam da calma do lugar. Mas lamentam a distância dos serviços de saúde e educação. A falta de transporte público. Anseiam por mais visitas. Das que trazem prosperidade.
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