CAMILA ESTEPHANIA
Publicação: 04/07/2025 03:00
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Sõnia Maria tem buscado se livrar do Foro há anos |
Contestado na Justiça desde a década de 1990, o Foro de Olinda é cobrado de imóveis situados na própria cidade, no Recife, em Jaboatão dos Guararapes e no Cabo de Santo Agostinho. Para isso, o município alega que seria o verdadeiro proprietário dos terrenos - que teriam sido doados ao município, por Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco. As decisões apontam que a cobrança do “foro” seria sem respaldo na Constituição de 1988.
A professora Sônia Maria Beltrão, que mora em um edifício do bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife lembra que começou a pagar o Foro a partir de 1996. Desde então, ela busca meios legais de descartar a cobrança. Em novembro de 2024, ela pagou a parcela única proposta pela Prefeitura. A conta custou mais de R$ 2 mil. Para surpresa dela, a cobrança de 2025 chegou novamente, no valor de R$ 192.
Em nota, a prefeitura alegou que permanecia “autorizado a realizar a cobrança do foro nas áreas em que não há sobreposição de domínio com a União ou com a Santa Casa de Misericórdia do Recife”, diz a nota, referindo-se às entidades que contestaram a cobrança na Justiça.