Publicação: 13/07/2018 03:00
Joana Cavalcante, 39 anos, somente se deu conta do tamanho do machismo no seu entorno quando assumiu o posto de mestra do Maracatu Nação Encanto do Pina. Na época, chegou a testemunhar homens deixando o grupo por não aceitarem uma mulher em uma posição tão importante. Joana transformou tudo em luta. Há dez anos, criou o Maracatu Baque Mulher, formado exclusivamente por mulheres, e amplificou a voz feminina dentro da comunidade do Bode, no Pina. Não apenas lá. Hoje, são 22 grupos do Baque Mulher em outros estados do país.
Os ensaios são abertos a qualquer mulher que queira participar. Não importa a idade, se são de outras nações ou de outros bairros. Os encontros acontecem aos domingos no terreiro Yle Axé Oxum Deym, no Bode, sempre a partir das 14h. O começo é sempre com uma roda de diálogo sofre feminismo e segue com a oficina de percussão. A agenda pode ser confirmada com antecedência na página do Facebook do maracatu ou no site www.baquemulher.com.br.
“Se nas outras classes sociais têm saúde, educação, por exemplo, aqui na favela a estrutura é mais precária, é a lei da sobrevivência. E isso engloba tudo. A mulher pensa, por exemplo, que depende de homem. Aqui é dez mil vezes mais difícil debater os direitos da mulher. Além de enfrentar o machismo, é preciso fazer com que ela permaneça viva”, explica Joana.
Cerca de 80 mulheres integram o Baque Mulher. A luta delas é por um espaço maior para ensaiar porque o terreiro é pequeno para abrigar tanta gente. Joana está tentando viabilizar junto à Prefeitura do Recife uma escola pública para fazer as atividades aos domingos. Até agora não teve retorno.
Com a multiplicação do Baque Mulher em outros estados, as integrantes do grupo no Bode passaram a viajar para promover oficinas de percussão. As passagens de avião são custeadas pelas integrantes dos grupos que vão receber as oficinas e as meninas recebem cachês. “Antes, apenas homens faziam esse trabalho”, lembra Joana.
Os ensaios são abertos a qualquer mulher que queira participar. Não importa a idade, se são de outras nações ou de outros bairros. Os encontros acontecem aos domingos no terreiro Yle Axé Oxum Deym, no Bode, sempre a partir das 14h. O começo é sempre com uma roda de diálogo sofre feminismo e segue com a oficina de percussão. A agenda pode ser confirmada com antecedência na página do Facebook do maracatu ou no site www.baquemulher.com.br.
“Se nas outras classes sociais têm saúde, educação, por exemplo, aqui na favela a estrutura é mais precária, é a lei da sobrevivência. E isso engloba tudo. A mulher pensa, por exemplo, que depende de homem. Aqui é dez mil vezes mais difícil debater os direitos da mulher. Além de enfrentar o machismo, é preciso fazer com que ela permaneça viva”, explica Joana.
Cerca de 80 mulheres integram o Baque Mulher. A luta delas é por um espaço maior para ensaiar porque o terreiro é pequeno para abrigar tanta gente. Joana está tentando viabilizar junto à Prefeitura do Recife uma escola pública para fazer as atividades aos domingos. Até agora não teve retorno.
Com a multiplicação do Baque Mulher em outros estados, as integrantes do grupo no Bode passaram a viajar para promover oficinas de percussão. As passagens de avião são custeadas pelas integrantes dos grupos que vão receber as oficinas e as meninas recebem cachês. “Antes, apenas homens faziam esse trabalho”, lembra Joana.