As autoridades da segurança pública de Pernambuco apresentaram, ontem, justificativas sobre a ação da Polícia Militar na “guerra” das torcidas de Santa Cruz e Sport, no último sábado, no Grande Recife. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas, em um episódio marcado por ações de extrema violência.

Em entrevista coletiva, na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), o comandante-geral da PM, coronel Ivanildo Torres, alegou que houve uma “emboscada da torcida do Sport contra a torcida do Santa”. O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou que “o grupo não foi visto, ele estava escondido e começou a atacar”.

O comandante detalhou como aconteceu a ‘emboscada’ que teria sido feita pela torcida do Sport. Segundo ele a torcida do Santa Cruz era escoltada pela Caxangá, quando a Polícia decidiu fazer um desvio pela Rua Gregório Júnior porque havia informações de torcedores do Sport na sede do clube. A escolta continuou pela Rua Real da Torre, que houve o confronto. “Na contramão da Real da Torre, uma parte da torcida do Sport, de forma premeditada e que não foi detectado por nós, veio ao encontro da torcida de Santa Cruz”, disse Torres.

“Rapidamente, ativamos o plano de chamada de alguns GATIS e conseguimos, em preciosos momentos parar com aquele conflito”, declarou.

Torres afirmou que ação da Polícia Militar evitou que o incidente ganhasse proporção ainda mais violenta. “Graças aos nossos policiais que atuaram naquele momento, nós não tivemos uma tragédia. Poderíamos ter um incidente muito maior, com muito mais vítimas”.