GUERRA DAS TORCIDAS »
SDS vê parceria entre dirigentes e organizadas
Alessandro Carvalho foi duro e chegou a citar problemas recorrentes em estádios. "Não tem segurança privada nem para organizar uma fila"
Mareu Araújo
Publicação: 04/02/2025 03:00
"Não adianta dizer que torcida organizada é problema de segurança pública. Tem diretor de clube que financia, dá passagem de ônibus, ingresso cortesia, que janta e confraterniza com pessoas que já foram presas", afirmou Alessandro Carvalho, secretário de Defesa Social de Pernambuco. A declaração foi dada em entrevista coletiva, ontem, após um sábado de barbárie envolvendo as organizadas de Santa Cruz e Sport. Antes do jogo de sábado, grupos rivais transformaram várias ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR) em praças de guerra. Um dos confrontos mais pesados ocorreu na Rua Real da Torre, na Zona Oeste do Recife.
"Temos casos de torcida organizada treinando luta dentro de estádio, dentro de clube, dirigentes confraternizando com integrantes de torcida que já foram presos pela Polícia. Nós ouvimos de várias fontes que há financiamento de ônibus, de refeição, de ingresso", ressaltou o secretário.
Em um tom defensivo, Alessandro Carvalho afirmou que a violência no futebol e a segurança não são "só responsabilidade da Segurança [do Estado], é dos clubes e da Federação". "Dizer que dentro do estádio não tem problema, eu pergunto: quem é que faz a segurança dentro do estádio?", questionou. "É a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, tá? Não tem segurança privada nem para organizar uma fila".
Em crítica aos clubes, Alessandro afirmou que "os clubes e a Federação precisam tomar medidas de controle de quem compra o ingresso e de quem entra [no estádio] para que a gente possa responsabilizar". Segundo o secretário, o ingresso é vendido "ou dado" no dia do jogo, o que atrapalha no planejamento policial. "Eu vou colocar o efetivo considerando a lotação total do estádio, vou comprar folga de um policial e não tem a lotação total no final. E eu estou tirando policial da rua que podia estar tomando conta de todos nós, de toda a população", reclamou.
O comandante-geral da PM, coronel Ivanildo Torres, disse que, aproximadamente, 650 pessoas foram levadas para o Batalhão de Choque. Desse total, 200, segundo a Secretaria, tinham ingressos para o jogo. "Uma hipótese que será checada, que talvez recebessem cortesias para entrar no estádio".
"Temos casos de torcida organizada treinando luta dentro de estádio, dentro de clube, dirigentes confraternizando com integrantes de torcida que já foram presos pela Polícia. Nós ouvimos de várias fontes que há financiamento de ônibus, de refeição, de ingresso", ressaltou o secretário.
Em um tom defensivo, Alessandro Carvalho afirmou que a violência no futebol e a segurança não são "só responsabilidade da Segurança [do Estado], é dos clubes e da Federação". "Dizer que dentro do estádio não tem problema, eu pergunto: quem é que faz a segurança dentro do estádio?", questionou. "É a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, tá? Não tem segurança privada nem para organizar uma fila".
Em crítica aos clubes, Alessandro afirmou que "os clubes e a Federação precisam tomar medidas de controle de quem compra o ingresso e de quem entra [no estádio] para que a gente possa responsabilizar". Segundo o secretário, o ingresso é vendido "ou dado" no dia do jogo, o que atrapalha no planejamento policial. "Eu vou colocar o efetivo considerando a lotação total do estádio, vou comprar folga de um policial e não tem a lotação total no final. E eu estou tirando policial da rua que podia estar tomando conta de todos nós, de toda a população", reclamou.
O comandante-geral da PM, coronel Ivanildo Torres, disse que, aproximadamente, 650 pessoas foram levadas para o Batalhão de Choque. Desse total, 200, segundo a Secretaria, tinham ingressos para o jogo. "Uma hipótese que será checada, que talvez recebessem cortesias para entrar no estádio".
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