O quadro clínico da menina Marcela Guimarães da Motta Silveira, de 5 anos, uma das sobreviventes da colisão no trânsito, no último domingo, no bairro da Tamarineira, ainda é considerado grave. O último boletim médico, divulgado na tarde de ontem pelo Hospital Santa Joana, indica que ela permanece em coma e respirando com ajuda de aparelhos, na UTI Pediátrica da unidade de saúde.

A criança deu entrada no Santa Joana após ter sido socorrida inicialmente ao Hospital da Restauração, com traumatismo cranioencefálico. A situação neurológica da paciente é grave e, de acordo com os médicos da unidade particular de saúde, ela apresenta distúrbios metabólicos.

A criança e o pai, o advogado trabalhista e contador Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 46 anos, foram os únicos sobreviventes do grave acidente que resultou em três mortes. Miguel Motta também está internado no Hospital Santa Joana e já respira de forma espontânea. Ele permanece no Centro de Terapia Intensiva (CTI) em decorrência dos traumas sofridos no tórax e no abdômen.

O advogado acordou da sedação na terça-feira e recebeu a notícia sobre as mortes da esposa, Maria Emília Guimarães, do filho, Miguel Neto, anos, e da babá Roseane Maria de Brito Souza, além do feto que estava na barriga dela. Segundo familiares, mesmo muito abalado ele ressaltou a missão de cuidar de Marcela a partir de agora.

Desde o capotamento, que aconteceu na noite do domingo, no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Padre Roma, Miguel vinha sendo mantido sob sedação pelos médicos, mas regiu bem ao tratamento. Agora, apesar de devastado emocionalmente com a tragédia que se abateu sobre a sua família na noite do domingo, ele tem quadro clínico considerado bom e não corre risco de morte.

Miguel Neto, que morreu na mesa de cirurgia, foi enterrado junto com sua mãe no Cemitério Morada da Paz, na segunda-feira.