Migrantes de uma nova pátria
Entre 2005 e 2015, a quantidade de refugiados na infância duplicou no planeta
texto: Alice de Souza e Anamaria Nascimento
local@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 01/06/2019 03:00
Eles não têm culpa dos colapsos políticos e econômicos, das bombas, da violência armada nem dos conflitos que obrigam os adultos a levá-los para outros países. São filhos de contextos hostis à primeira infância. Quase 50 milhões de crianças do mundo inteiro atravessaram fronteiras ou foram tiradas à força do local onde nasceram. Mais da metade, 28 milhões delas, escaparam de situações de insegurança. Entre 2005 e 2015, a quantidade de refugiados na infância duplicou no planeta. Uma em cada 200 crianças precisou deixar o país onde nasceu em um cenário de violência.
Os números têm crescido nos últimos anos, e essa realidade chegou ao território brasileiro, impulsionada pela crise humanitária na Venezuela. As histórias de crianças que migraram ou estão refugiadas no Brasil e o desafio da gestão pública para atendê-las é o tema do último dia da série “Primeiros Passos”, que o Diario publicou de 22 a 25 de maio e encerra neste fim de semana.
As crianças podem ser refugiadas, ou seja, pessoas obrigadas a deixar seu país devido a ameaças ou perseguições. Podem ainda ser migrantes, isto é, as que deixaram o local de origem, porém, sem, necessariamente, um contexto de violência por trás.“As crianças migrantes são, acima de tudo, crianças. Não importa de onde elas vêm ou quem são, sem exceção. Elas precisam ter os direitos garantidos,” afirma o defensor público federal João Chaves, coordenador de Migrações e Refúgio da Defensoria Pública da União em São Paulo.
Em julho, chegou a Pernambuco o primeiro grupo de refugiados da Venezuela assistidos por organizações internacionais e ONGs locais. Eram 69 crianças e adultos. Hoje, são 112 acolhidos – 50 crianças e adolescentes – pela Aldeias Infantis SOS Brasil, em Igarassu, Região Metropolitana do Recife, e 117 – sendo 30 crianças e adolescentes – abrigados pela Cáritas Brasileira, no Recife. “Tivemos que criar uma força-tarefa para encarar o desafio”,diz Edjane Santana, em Igarassu.
Os números têm crescido nos últimos anos, e essa realidade chegou ao território brasileiro, impulsionada pela crise humanitária na Venezuela. As histórias de crianças que migraram ou estão refugiadas no Brasil e o desafio da gestão pública para atendê-las é o tema do último dia da série “Primeiros Passos”, que o Diario publicou de 22 a 25 de maio e encerra neste fim de semana.
As crianças podem ser refugiadas, ou seja, pessoas obrigadas a deixar seu país devido a ameaças ou perseguições. Podem ainda ser migrantes, isto é, as que deixaram o local de origem, porém, sem, necessariamente, um contexto de violência por trás.“As crianças migrantes são, acima de tudo, crianças. Não importa de onde elas vêm ou quem são, sem exceção. Elas precisam ter os direitos garantidos,” afirma o defensor público federal João Chaves, coordenador de Migrações e Refúgio da Defensoria Pública da União em São Paulo.
Em julho, chegou a Pernambuco o primeiro grupo de refugiados da Venezuela assistidos por organizações internacionais e ONGs locais. Eram 69 crianças e adultos. Hoje, são 112 acolhidos – 50 crianças e adolescentes – pela Aldeias Infantis SOS Brasil, em Igarassu, Região Metropolitana do Recife, e 117 – sendo 30 crianças e adolescentes – abrigados pela Cáritas Brasileira, no Recife. “Tivemos que criar uma força-tarefa para encarar o desafio”,diz Edjane Santana, em Igarassu.