A orquestra nunca vai silenciar
Enquanto a folia não volta, saxofonista de duas bandas de frevo luta pela preservação do ritmo encampando projetos de valorização dos músicos e incentivando os jovens a aprender a tocar os instrumentos
Publicação: 26/02/2022 06:25
A orquestra é fundamental para fazer o frevo acontecer e a cidade ferver no carnaval. Trompetes, trombones, tubas, saxofones e flautas transversais dão o tom do sobe e desce das ladeiras e do vaivém das avenidas. Há dois carnavais sem festejar, muitos grupos apostaram em lives para arrecadar doações aos músicos.
“No início da pandemia, eu perdi meu emprego. Em meio a isso fui convidado para participar de uma live com a Troça Causa Ganha. Começamos a tocar e recebemos muitas doações, quase R$ 16 mil, revertendo tudo em cestas básicas para cinco orquestras”, conta Ricardo Pessoa, criador da Orquestra de Bolso e saxofonista da Orquestra do Maestro Oséas.
Para o músico de 42 anos, a solidariedade tem sido crucial durante a pandemia. Ele afirma que tocou em alguns lugares que as pessoas pagavam dinheiro superior ao cachê cobrado para ajudar os artistas. “As mesmas pessoas que estão pagando a gente tocar hoje são as que começaram a nos acompanhar nas lives. Isso é gratificante”, conta.
O saxofonista chegou a tocar, num período de 15 dias, em três sepultamentos de amigos vítimas da Covid-19. “Perdemos muitas pessoas queridas, mas estamos aqui se vacinando e tentando levar um pouco de alegria”, afirma.
Ricardo começou a conviver com o frevo ainda na infância, nas casa dos avós maternos, onde se ouvia o ritmo durante todo o ano. Sempre ia assistir a agremiações nas ladeiras de Olinda com a mãe e, aos 13 anos, acompanhava os ensaios das orquestras. Só de ouvir ele já sabia o nome de cada frevo tocado.
Aos 17 anos começou a estudar no Grêmio Musical Henrique Dias em Olinda. O músico não perde a oportunidade de incentivar jovens a participar mais do frevo. “Quando eu vejo uma criança interessada pelo sax ou outro instrumento, falo sobre as oportunidades de bolsas de estudos. Não se trata só de tocar, é necessário levar experiências e perspectivas para essas pessoas”, opina.
“No início da pandemia, eu perdi meu emprego. Em meio a isso fui convidado para participar de uma live com a Troça Causa Ganha. Começamos a tocar e recebemos muitas doações, quase R$ 16 mil, revertendo tudo em cestas básicas para cinco orquestras”, conta Ricardo Pessoa, criador da Orquestra de Bolso e saxofonista da Orquestra do Maestro Oséas.
Para o músico de 42 anos, a solidariedade tem sido crucial durante a pandemia. Ele afirma que tocou em alguns lugares que as pessoas pagavam dinheiro superior ao cachê cobrado para ajudar os artistas. “As mesmas pessoas que estão pagando a gente tocar hoje são as que começaram a nos acompanhar nas lives. Isso é gratificante”, conta.
O saxofonista chegou a tocar, num período de 15 dias, em três sepultamentos de amigos vítimas da Covid-19. “Perdemos muitas pessoas queridas, mas estamos aqui se vacinando e tentando levar um pouco de alegria”, afirma.
Ricardo começou a conviver com o frevo ainda na infância, nas casa dos avós maternos, onde se ouvia o ritmo durante todo o ano. Sempre ia assistir a agremiações nas ladeiras de Olinda com a mãe e, aos 13 anos, acompanhava os ensaios das orquestras. Só de ouvir ele já sabia o nome de cada frevo tocado.
Aos 17 anos começou a estudar no Grêmio Musical Henrique Dias em Olinda. O músico não perde a oportunidade de incentivar jovens a participar mais do frevo. “Quando eu vejo uma criança interessada pelo sax ou outro instrumento, falo sobre as oportunidades de bolsas de estudos. Não se trata só de tocar, é necessário levar experiências e perspectivas para essas pessoas”, opina.