Tantas histórias e uma única saudade
Representantes da riqueza de nosso carnaval, foliões de diferentes estilos e agremiações lamentam a longa pausa gerada pela pandemia
TAINÁ MILENA
taina.milena@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 26/02/2022 06:25
São dois anos sem folia, desde que a pandemia inviabilizou a realização do carnaval em Pernambuco. Hoje é Sábado de Zé Pereira, mas não veremos a massa fantasiada, o Galo no Centro nem o Homem da Meia-Noite arrastando a multidão em Olinda. Também não teremos papangus nem caboclinhos. Não há alegria, só saudade. A vontade é de gritar “Voltei, Recife!”, porém o amor ao próximo tem que falar mais alto. A hora é de cuidar da saúde.
Agremiação que tem em seu nome a palavra que melhor define esses tempos, o Bloco da Saudade, fundado em 1974, ainda tenta se recuperar da perda do carnavalesco Carlos Ivan, que morreu há menos de um ano, vítima da Covid-19. Carlos deixou desenhos de figurinos prontos para um próximo carnaval, o qual não se sabe ao certo quando acontecerá. Presidente do bloco, Izabel Bezerra, 70 anos, conta que há planos de desfilar em homenagem ao desenhista em 2023. “Para todos nós, a perda foi chocante. Nosso tema para o próximo desfile serão os 26 anos de Carlos Ivan como nosso carnavalesco”, antecipa.
Izabel conta que ficar sem carnaval é muito difícil e pensar em todas as perdas dói muito também, mas o combustível para continuar está nas lembranças. “A mensagem de amor que transmitimos para as pessoas me deixa feliz. Elas ficam emocionadas, choram e riem ao mesmo tempo, e isso é lindo.”
A carnavalesca conta que nunca tinha participado de uma agremiação nem costumava brincar até ser convidada por um amigo para o bloco, em 1977. Desde então, Izabel e seu marido, Amilcar Bezerra, se tornaram integrantes.
Em 1980, Izabel assumiu a presidência, cargo que ocupa há 42 anos e que exige coordenar uma prestigiosa agremiação de 150 integrantes. “Para ser presidente é necessário ter jogo de cintura, cultivar o amor ao bloco e respeitar a maneira de ser de cada integrante. Um dia vou passar o cargo para alguém, mas ainda não”, contou Izabel.
Agremiação que tem em seu nome a palavra que melhor define esses tempos, o Bloco da Saudade, fundado em 1974, ainda tenta se recuperar da perda do carnavalesco Carlos Ivan, que morreu há menos de um ano, vítima da Covid-19. Carlos deixou desenhos de figurinos prontos para um próximo carnaval, o qual não se sabe ao certo quando acontecerá. Presidente do bloco, Izabel Bezerra, 70 anos, conta que há planos de desfilar em homenagem ao desenhista em 2023. “Para todos nós, a perda foi chocante. Nosso tema para o próximo desfile serão os 26 anos de Carlos Ivan como nosso carnavalesco”, antecipa.
Izabel conta que ficar sem carnaval é muito difícil e pensar em todas as perdas dói muito também, mas o combustível para continuar está nas lembranças. “A mensagem de amor que transmitimos para as pessoas me deixa feliz. Elas ficam emocionadas, choram e riem ao mesmo tempo, e isso é lindo.”
A carnavalesca conta que nunca tinha participado de uma agremiação nem costumava brincar até ser convidada por um amigo para o bloco, em 1977. Desde então, Izabel e seu marido, Amilcar Bezerra, se tornaram integrantes.
Em 1980, Izabel assumiu a presidência, cargo que ocupa há 42 anos e que exige coordenar uma prestigiosa agremiação de 150 integrantes. “Para ser presidente é necessário ter jogo de cintura, cultivar o amor ao bloco e respeitar a maneira de ser de cada integrante. Um dia vou passar o cargo para alguém, mas ainda não”, contou Izabel.